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Manifestação em SP tem três detidos e cinco feridos

Além deles, uma repórter da CNN foi ferida por uma bala de borracha e foi levada para um hospital


	Protesto: Tropa de Choque ocupava ruas próximas Estação Carrão desde as 8h30
 (Nacho Doce / Reuters)

Protesto: Tropa de Choque ocupava ruas próximas Estação Carrão desde as 8h30 (Nacho Doce / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 12h35.

São Paulo - Três manifestantes foram detidos e cinco ficaram feridos após confronto nas proximidades da Estação Carrão do Metrô. Além deles, uma repórter da CNN foi ferida por uma bala de borracha e foi levada para um hospital. "É sempre assim aqui?", perguntou o jornalista espanhol da Reuters Nacho Doce.

Mesmo com mais de três décadas de experiência em coberturas internacionais, Doce ficou surpreso e assustado com o que presenciou. "A PM começou muito rápido o tumulto."

A primeira bomba explodiu às 10h14, quando 30 manifestantes do Diretório de Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) gritavam em solidariedade aos metroviários, chamando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) de fascista. Sobrou também para a presidente Dilma Rousseff (PT). "Fora, Alckmin, leva a Dilma com você."

A Tropa de Choque ocupava todas as ruas das imediações da Estação Carrão desde as 8h30. Alguns policiais diziam que "não ia ter manifestação". Eles estenderam o seu dispositivo pelas ruas do bairro e ficaram a postos à espera dos manifestantes.

Havia 150 policiais com escudos, cassetetes, espingardas, bombas, 20 carros e um helicóptero, apoiando a tropa no chão. Eles contavam ainda com seis bloqueios em ruas contíguas.

Em todas as entradas e saídas do Metrô e dentro da estação, outros PMs do Comando de Policiamento da Copa (CPCopa) faziam revistas em jovens, abriam mochilas dos que desembarcavam na estação. A presença ostensiva da polícia surpreendeu os estudantes que chegaram ao lugar por volta das 9h50.

Um grupo desembarcou de um ônibus de Campinas com uma banda e megafone. O bater dos bumbos dos estudantes não durou quinze minutos. Foi interrompido pelas bombas de gás e de efeito moral disparadas pela Tropa de Choque quando se aproximou do cordão de isolamento feito pelos policiais para impedir a chegada dos manifestante à Radial Leste.

Os manifestantes correram em direção à Rua Platina, uma paralela da Radial. Lá, foram novamente recebidos a bala de borracha por outro grupo da Tropa de Choque. Um manifestante tirou a camiseta e ficou diante dos policiais com uma latinha na mão desafiando os policiais. Acabou preso.

Outros cinco ônibus chegaram com manifestantes para "O Grande Ato 12 de Junho: não vai ter Copa!" Eram black blocks, punks, sindicalistas ligados à CSP-Conlutas e estudantes secundaristas. Por volta das 11h, um grupo resolveu marchar até a Rua Serra do Japi, onde fica a sede do Sindicato dos Metroviários. A PM acompanha.

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