Brasil

Maranhão diz que não abre mão de presidir sessões da Câmara

"Não tenho por que abrir mão, é prerrogativa regimental. Eu sou o presidente. Tem que respeitar o regimento", diz deputado


	Waldir Maranhão: o deputado se desgastou quando assumiu interinamente a presidência da Câmara após o afastamento de Eduardo Cunha
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Waldir Maranhão: o deputado se desgastou quando assumiu interinamente a presidência da Câmara após o afastamento de Eduardo Cunha (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 18h30.

Brasília - O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou nesta segunda-feira, 17, que não abre mão da prerrogativa de presidir a Casa na ausência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está exercendo a Presidência da República enquanto Michel Temer está em viagem ao exterior.

"Não tenho por que abrir mão, é prerrogativa regimental. Eu sou o presidente. Tem que respeitar o regimento. Estou aqui para ajudar a Casa, ajudar o País", disse ao chegar à Câmara.

Líderes de partidos da base aliada do governo têm defendido que "não há condições" de Maranhão comandar as sessões da Casa.

O deputado se desgastou quando assumiu interinamente a presidência da Câmara após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo, em maio. Na ocasião, ele tentou anular a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

"Não acredito que ele (Maranhão) vá criar problema. É melhor que fique (na presidência) ou o primeiro-secretário ou o segundo vice-presidente", disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).

Nas últimas viagens de Temer, quando Maia assumiu a Presidência, quem comandou as sessões, inclusive a que tentou votar a anistia ao caixa dois em campanhas, foi o primeiro secretário da Câmara Beto Mansur (PRB-SP). O segundo vice-presidente da Casa é o deputado Giacobo (PR-PR).

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosEduardo CunhaImpeachmentPolítica no BrasilRodrigo Maia

Mais de Brasil

Recuperação da popularidade de Lula perde fôlego e reprovação chega a 40%, diz Datafolha

Itamaraty entrega a autoridades italianas pedido de extradição de Carla Zambelli

Moraes diz em julgamento no STF que redes sociais permitem ações 'criminosas' contra crianças

MP do governo prevê mudança em cargos da Receita Federal com custo de R$ 12,9 milhões por ano