Brasil

Mariana é a maior catástrofe ambiental do país, diz ministra

Segundo Izabella Teixeira, o rompimento de barragens da Samarco na cidade de Mariana, em MG, é a maior tragédia ambiental da história do Brasil


	Izabella Teixeira: "É impressionante o impacto na flora e nas atividades econômicas”, disse a ministra do Meio Ambiente
 (Antonio Cruz/ABr)

Izabella Teixeira: "É impressionante o impacto na flora e nas atividades econômicas”, disse a ministra do Meio Ambiente (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 17h01.

Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (19) que o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, em Mariana (MG), há duas semanas, é a maior tragédia ambiental da história do Brasil.

“É a maior catástrofe ambiental do país, isso é inegável. Eu vi o acidente. É impressionante o impacto na flora e nas atividades econômicas”, disse a ministra.

"No trecho do Rio Doce em Minas, a ictiofauna [espécies de peixe em uma região] na calha do rio principal acabou".

Segundo Izabella, o governo está trabalhando para reduzir os impactos no Rio Doce e no oceano.

“Nós estamos desde sábado trabalhando em parceira com o Espírito Santo e com a prefeitura de Linhares. Abrimos um canal na foz do rio, que está assoreado, para facilitar a dispersão da lama”, informou.

"Os peixes de superfície conseguiram migrar para alguns rios tributários, mas estão morrendo, e a fauna ribeirinha também foi impactada".

A ministra informou que a onda de lama deve se espalhar por uma extensão de 9 quilômetros (km) quando chegar ao mar, após desaguar na costa do Espírito Santo, na cidade de Linhares.

“Os dados de dispersão disponíveis indicam que a dispersão máxima para o sul é 6 km e a dispersão máxima para o norte é 3 km, porque as correntes marinhas ali seguem para o sul”, disse a ministra.

O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues e deixou mais de 900 pessoas desabrigadas.

A onda de lama que se formou chegou ao Rio Doce, provocando a mortandade de peixes e impedindo o abastecimento de água em cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Sete mortos durante a tragédia foram identificados, cinco corpos aguardam identificação e 11 pessoas permanecem desaparecidas.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasPoluiçãoMeio ambienteMariana (MG)SamarcoMinas GeraisEspírito Santo

Mais de Brasil

Gleisi Hoffmann reúne ministros para discutir estratégias contra projeto de anistia

STF retoma julgamento da trama golpista com expectativa de votos divergentes entre ministros

STF mantém alto nível de segurança para julgamento da trama golpista envolvendo Bolsonaro

CPI do INSS: depoimento de Carlos Lupi acontece nesta segunda-feira, 8