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Marina ganha força como possível substituta de Campos

Preferência dos integrantes do PSB por Marina repercutiu bastante nos últimos dois dias, após a morte de Eduardo Campos


	Ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e Marina Silva: ela aparece como forte opção de substituição de Campos
 (Marcelo Camargo/ABr)

Ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e Marina Silva: ela aparece como forte opção de substituição de Campos (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 17h16.

Brasília - Marina Silva foi apontada nesta sexta-feira como a possível candidata presidencial do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que confirmou que decidirá na próxima semana se ela será a substituta de Eduardo Campos, morto na última quarta-feira em um acidente aéreo.

A preferência dos integrantes do PSB por Marina repercutiu bastante nos últimos dois dias, mas a possível candidata se mantém reclusa em seu apartamento de São Paulo desde o dia da tragédia.

O deputado do PSB Luiz Gonzaga Patriota disse que a direção nacional do partido se reunirá em Brasília na próxima semana para decidir uma nova chapa eleitoral e afirmou que "todos os socialistas apoiam o nome de Marina".

Eduardo Campos, de 49 anos, morreu na última quarta-feira, quando o avião executivo em que viajava com outras seis pessoas caiu na cidade de Santos.

O impacto foi tão grande que a aeronave ficou totalmente destruída e os restos mortais dos sete ocupantes ficaram espalhados pelo local do acidente, o que faz com que sejam necessários exames de DNA para identificar os corpos, que devem ficar prontos somente neste sábado.

Se o enterro de Eduardo Campos ocorrer durante o fim de semana, o PSB daria por concluído o luto pelo qual ainda não tomou uma decisão sobre a nova candidatura, que deverá ser formalizada antes do próximo dia 23.

Com a trágica morte de Campos, os principais candidatos, a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves, do PSDB, decidiram suspender suas campanhas até depois do sepultamento do ex-governador de Pernambuco.

Marina Silva se filiou ao PSB em setembro do ano passado, depois que não conseguiu oficializar a tempo seu próprio partido para concorrer pela segunda vez à Presidência. Marina ficou em terceiro nas eleições de 2010, quando foi candidata do Partido Verde (PV) e obteve cerca de 19 milhões de votos (20%).

Por essa grande votação, foi designada como candidata à vice-presidente na chapa de Eduardo Campos, cuja família agora quer que ela ocupe seu lugar.

Antônio Campos, irmão do falecido candidato presidencial e membro da direção nacional do PSB, voltou a se pronunciar hoje em favor de Marina Silva ao afirmar que ela "tem densidade política e eleitoral para fazer o debate do Brasil neste momento".

Apesar de parecer que um consenso começa a ser construído no PSB, a possível candidata ainda não se pronunciou.

Marina Silva não foi vista em público desde que fez um breve pronunciamento aos jornalistas no dia da tragédia para lamentar a morte de seu "companheiro" e "amigo" e exigir respeito ao luto.

Assim como não se sabe se Marina aceitará a candidatura à Presidência, pouco se sabe sobre quem seria seu candidato à vice-presidente, que, segundo Antônio Campos e outros membros do PSB, deverá sair desse mesmo partido, apesar de a coligação contar com outros quatro partidos menores.

Segundo o calendário, a propaganda eleitoral na televisão começará na próxima terça-feira.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, admitiu ontem que o calendário da propaganda eleitoral poderia sofrer mudanças, mas esclareceu que isso dependerá de uma solicitação expressa, que ainda não foi formulada, e de um consenso absoluto entre todos os candidatos presidenciais.

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