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Mauro Borges assume Desenvolvimento no lugar de Pimentel

Presidente Dilma confirmou a saída de Fernando Pimentel e nomeou o economista Mauro Borges para assumir o cargo interinamente


	Mauro Borges: economista participou ativamente na elaboração das ações de política industrial do governo nos últimos anos
 (Saulo Cruz/SAEPR)

Mauro Borges: economista participou ativamente na elaboração das ações de política industrial do governo nos últimos anos (Saulo Cruz/SAEPR)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 17h23.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quinta-feira a saída de Fernando Pimentel do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e nomeou o economista Mauro Borges para assumir o cargo interinamente, segundo nota da Presidência da República.

Borges estava no comando da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e participou ativamente na elaboração das ações de política industrial do governo nos últimos anos.

Pimentel, que ficou pouco mais de três anos no cargo, deixa o ministério para disputar a eleição ao governo de Minas Gerais.

O petista, amigo de Dilma desde os tempos da resistência ao regime militar, deve começar suas atividades de pré-campanha já na sexta-feira, quando o PT mineiro dá a largada a uma caravana pelo Estado com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Borges foi escolhido depois de tentativas frustradas da presidente de atrair um nome do meio empresarial e tem o apoio de Pimentel que o levou para a ABDI.

Como presidente da agência ligada ao ministério, Borges auxiliou diretamente Pimentel à frente do cargo e participou ativamente das decisões relacionadas à pasta, sendo um dos principais interlocutores entre o Desenvolvimento e o Ministério da Fazenda.

Borges é doutor em economia pela Universidade de Londres, com pós-doutorado na Universidade de Illinois e na Universidade de Paris. É também professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Dilma iniciou no fim de janeiro a esperada reforma do primeiro escalão, com substituição dos ministros que irão disputar as eleições de outubro. As mudanças também pretendem acomodar mais aliados na Esplanada e, com isso, ampliar a base governista de olho na reeleição à Presidência.

Até agora, a presidente havia anunciado quatro mudanças no primeiro escalão. No Ministério da Educação entrou José Henrique Paim no lugar de Aloizio Mercadante, que foi para a Casa Civil, antes ocupada por Gleisi Hoffmann que disputará eleição no Paraná.

No Ministério da Saúde assumiu Arthur Chioro, substituindo Alexandre Padilha, e o ex-porta-voz da Presidência Thomas Traumann assumiu a Comunicação Social, antes liderada pela jornalista Helena Chagas.

Há expectativa ainda de que o petista Miguel Rossetto seja indicado como novo ministro do Desenvolvimento Agrário, no lugar de Pepe Vargas (PT-RS), que irá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Nos próximos dias, Mercadante deve dar seguimento às negociações emperradas com outros partidos aliados para fechar a reforma ministerial. O maior problema de Dilma tem sido atender à demanda do PMDB, que quer um sexto ministério.

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