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Metroviários adiam assembleia e aguardam negociação

Reunião estava marcada para as 13h, mas, segundo presidente da Federação Nacional dos Metroviários, categoria vai aguardar negociação que deverá ocorrer às 15h


	Metrô: companhia anunciou que demitiu 61 metroviários que mantiveram a greve pelo 5º dia consecutivo
 (LeoMSantos)

Metrô: companhia anunciou que demitiu 61 metroviários que mantiveram a greve pelo 5º dia consecutivo (LeoMSantos)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 15h17.

São Paulo - A assembleia dos metroviários de São Paulo, que definiria se a categoria continua ou não em greve, foi adiada nesta segunda-feira, 09.

A reunião estava marcada para as 13h, mas, de acordo com o presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin, a categoria vai aguardar uma negociação que deverá ocorrer às 15h entre o presidente do sindicato, centrais sindicais e o governo do estado.

O encontro ocorrerá na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/SP), na região central da capital paulista. Estarão presentes representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Nova assembleia deverá ocorrer após o resultado dessa negociação. "Vamos aguardar o que vem da negociação, que pode inclusive mudar o quadro do que está acontecendo", declarou Pasin.

Pasin sinalizou ainda que o ponto central para a categoria retornar ao trabalho pode ser a revogação das demissões anunciadas pelo governo estadual.

"Evidentemente a nossa pauta de reivindicação é muito importante. Mas hoje, o sentimento da categoria é a reintegração imediata desses funcionários do metrô que o governo anunciou que estaria demitindo", afirmou.

O sindicalista ainda não tem dados de quantos foram demitidos ou quem são. "Nós pedimos uma lista (dos demitidos), se é que tem. Até agora estamos nos baseando no número falado à imprensa", disse Pasin.

"Eles foram demitidos de maneira abusiva, ilegal, no nosso exercício de direito de greve. A penalidade da greve por abusividade é a multa, mas em hipótese alguma a demissão por qualquer forma", argumentou.

Questionado se deixaria os 12% de aumento reivindicados, Pasin recuou. "Ninguém vai ficar para trás. Nós vamos continuar as lutas, nossas reivindicações, ao longo do tempo. Mas a reintegração é chave".

O Metrô anunciou nesta manhã que demitiu 61 metroviários que mantiveram a greve pelo quinto dia consecutivo.

Por volta das 13h30, 42 estações de um total de 65 estavam abertas. Operam a linha 1-Azul, entre Saúde e Luz, 2-Verde, entre Ana Rosa e Vila Madalena, e 3-Vermelha, entre Penha e Marechal Deodoro. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás estão funcionando normalmente.

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