Brasil

Ministério da Saúde confirma que há caso suspeito de coronavírus em MG

Paciente esteve na cidade de Wuhan, epicentro da contaminação. De acordo com Ministério, 7 mil rumores de coronavírus foram analisados e 127 verificados

Coronavírus: casos suspeito é de Minas Gerais (Callista Images/Getty Images)

Coronavírus: casos suspeito é de Minas Gerais (Callista Images/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 11h20.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 15h26.

São Paulo — O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou nesta terça-feira (28) que foi identificado em Minas Gerais o primeiro caso suspeito de coronavírus no Brasil, de uma paciente que esteve na cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do surto do vírus.

"Nós temos hoje um caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan até 24 de janeiro. É um caso importado, ou seja, uma pessoa que veio desse local", disse o ministro em entrevista coletiva em Brasília, transmitida pela televisão.

"Ela apresentou sintomas compatíveis com o protocolo da suspeita, o estado geral dessa paciente é bom, ela se encontra estável, não tem nenhuma complicação, não há evidência ainda de que o vírus esteja, de qualquer maneira, circulando. É um caso importado, ela está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados", acrescentou.

A estudante de 22 anos chegou ao Brasil no dia 24 de janeiro. Ela informou que não teve contato com nenhuma pessoa doente e que não procurou nenhum serviço de saúde enquanto estava na cidade.

Segundo Mandetta, mais de 7 mil rumores de coronavírus foram analisados pelo ministério, dos quais 127 exigiram a verificação se estavam dentro de um padrão, resultando em 1 caso suspeito.

O Ministério da Saúde informou ainda que elevou a classificação de risco do Brasil para nível 2, que significa "perigo eminente". Até segunda-feira (27), o país estava com nível 1 de alerta. A escala vai de 1 a 3 - que é o nível mais elevado e só é ativado quando são confirmados casos transmitidos dentro do país.

De acordo com o ministro da Saúde, o instituto Butantã participará de um "esforço internacional" para produção de uma vacina contra o coronavírus.

Na semana passada, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais chegou a anunciar como suspeito de coronavírus o caso de uma paciente que esteve na China e que apresentou sintomas respiratórios, mas posteriormente o caso foi descartado após receber diretrizes do Ministério da Saúde.

Segundo o ministro, a partir de agora o governo mudou a definição para casos suspeitos seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passará a tratar "todo e qualquer eventual caso suspeito aqueles procedentes da China" nos últimos 14 dias.

Anteriormente, a orientação era que só seriam considerados suspeitos casos que fossem procedentes da cidade onde está o epicentro do vírus. O ministério também desaconselha viagens à China.

O governo da China anunciou nesta terça-feira que 106 pessoas morreram devido ao novo coronavírus descoberto em Wuhan, que está se espalhando pelo país. O número total de casos confirmados na China aumentou para 4.515 em 27 de janeiro, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoençasMinas Gerais

Mais de Brasil

Não é só Bolsonaro: 13,5% das prisões do Brasil são domiciliares com uso de tornozeleira eletrônica

Quais são as 10 cidades mais violentas do Brasil? Veja ranking

Quais são as 10 estados mais violentos do Brasil? Veja ranking

'Se ele estiver trucando, vai tomar um seis', diz Lula sobre tarifa de Trump