Repórter
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 16h36.
Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 16h58.
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 23, novas diretrizes para a realização da mamografia como parte do programa de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Pela primeira vez, o exame será recomendado “sob demanda” para mulheres de 40 a 49 anos, sendo realizado de acordo com a vontade da paciente e a indicação médica.
“Garantir a mamografia a partir dos 40 anos no SUS é uma decisão histórica. Estamos ampliando o acesso ao diagnóstico precoce em uma faixa etária que concentra quase um quarto dos casos de câncer de mama. Enquanto alguns países erguem barreiras e restringem direitos, o Brasil dá o exemplo ao priorizar a saúde das mulheres e fortalecer o sistema público”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em coletiva de imprensa.
A medida faz parte de um conjunto de ações da pasta para melhoria do diagnóstico e assistência, com início do atendimento móvel em 22 estados pelo Agora Tem Especialistas e da oferta de medicamentos mais modernos.
Segundo o ministério, em 2024, o SUS realizou aproximadamente 4 milhões de mamografias para rastreamento e 376,7 mil exames diagnósticos.
Até o momento, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) recomendava a mamografia somente para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos, mesmo sem a presença de sinais ou sintomas. Com as novas diretrizes, o Ministério da Saúde passa a recomendar:
A partir de outubro, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer novos medicamentos para o tratamento do câncer de mama. Um dos medicamentos é o trastuzumabe entansina, destinado a mulheres diagnosticadas com a doença e que continuam apresentando sintomas após a primeira fase do tratamento com quimioterapia antes da cirurgia.
Outro grupo de medicamentos que será disponibilizado são os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), recomendados para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático, ou seja, quando a doença já se espalhou para outras partes do corpo. Esses medicamentos são indicados tanto para pacientes com receptor hormonal positivo quanto negativo.
“Estamos incorporando medicamentos de última geração ao SUS, com negociações que garantiram até 50% de desconto. Isso significa que milhares de mulheres terão acesso a terapias modernas, que em outros países só chegam a quem pode pagar. Essa é a diferença de um sistema universal: aqui, saúde é direito e não privilégio”, finalizou Alexandre Padilha.