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Moraes afirma que Eduardo Bolsonaro tenta interferir em ação penal da trama golpista

Ministro do STF incluiu em inquérito publicação do deputado licenciado em rede social

Investigado pelo STF, Eduardo Bolsonaro é acusado por Moraes de tentar obstruir a ação penal contra Jair Bolsonaro ao publicar vídeo de ato político nas redes (Wilson Dias/Agência Brasil)

Investigado pelo STF, Eduardo Bolsonaro é acusado por Moraes de tentar obstruir a ação penal contra Jair Bolsonaro ao publicar vídeo de ato político nas redes (Wilson Dias/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 9 de julho de 2025 às 16h20.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o deputado federal licenciado
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) "permanece praticando condutas com o objetivo de interferir e embaraçar" o andamento da ação penal da trama golpista, que tem o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como um dos réus.

Moraes mandou incluir no inquérito no qual Eduardo é investigado uma publicação sua na rede social X, do dia 29 de junho e pediu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O parlamentar publicou um vídeo do discurso do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) em uma manifestação organizada por Bolsonaro em São Paulo.

"Verifica-se que o investigado EDUARDO NANTES BOLSONARO permanece praticando condutas com o objetivo de interferir e embaraçar o regular andamento da AP 2.668/DF, que já se encontra em fase de apresentação de alegações finais pelas partes", escreveu o ministro.

Na terça-feira, Moraes prorrogou por dois meses o inquérito no qual Eduardo é investigado por sua atuação nos Estados Unidos, onde está morando. De acordo com o ministro, a medida é necessária devido a "diligências ainda pendentes". A prorrogação foi solicitada na semana passada pela Polícia Federal (PF).

"Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização de diligências ainda pendentes, (...) prorrogo a presente investigação por mais 60 (sessenta) dias", escreveu Moraes.

A investigação foi aberta em maio, atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Eduardo Bolsonaro é suspeito de ter cometido os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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