O vice-presidente Hamilton Mourão disse que a ida para as ruas de Juan Guaidó, presidente autoproclamado da Venezuela, e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar, mostra que "houve um passo decisivo, sem volta" na situação no país vizinho.
Mourão, que participa nesta terça-feira, 30, de uma reunião de emergência convocada pelo presidente Jair Bolsonaro para discutir o agravamento da situação na Venezuela, lembrou que "existem militares venezuelanos nas ruas, com braceleiras azuis, significando que estão ao lado de Guaidó", o que também seria um avanço. "O temor é que eles (oposicionistas) não tenham apoio das Forças Armadas que julgam que tem e os militares possam reagir, provocando grave confronto nas ruas", comentou.
Para o general, no entanto, é preciso aguardar as próximas horas para se saber exatamente o que poderá acontecer. Mas ressalvou que o fato de os oposicionistas terem tomado a base aérea, no centro da capital, é um dado a favor de Guaidó.
Mourão afirmou que não se tem informações concretas de onde está o presidente Nicolás Maduro. Como Maduro teria convocado as milícias para proteger o Palácio do Governo, Miraflores, acredita-se que seja para protegê-lo. Mas o vice-presidente brasileiro não descarta a possibilidade de Maduro já ter saído do país ou estar procurando uma forma de sair.
"Seria a melhor opção", comentou ele, citando que até agora Maduro não se pronunciou, o que "poderia significar que algo mais está acontecendo". Mourão reiterou, no entanto, que não dispõe de dados concretos sobre onde está Maduro. A avaliação é de que, se for sair para Cuba, o que consideram o mais provável, é que ele vá por Maiquetía, junto com seus principais auxiliares.
"O presidente quer ouvir seus principais assessores e tomar pé da situação", comentou Mourão, acrescentando que há uma grande preocupação com a possibilidade de graves confrontos no país vizinho. Em relação à fronteira brasileira com a Venezuela, Mourão disse que a situação permanece tranquila e que todos os problemas, neste momento, estão concentrados na região de Caracas.
Segundo ele, a mudança de conduta de Guaidó e Lopez significa alteração na situação política, mas observou que, caso toda essa mobilização não dê certo e Maduro consiga resistir, certamente, todos acabarão presos e a crise tenderá a se agravar, uma vez que a Venezuela enfrenta problemas gravíssimos e está se deteriorando dia a dia, com prejuízos incalculáveis para a população.
Desde que as movimentações começaram, os militares brasileiros estão acompanhando de perto todo o desenrolar dos acontecimentos e há uma preocupação muito grande com o que poderá vir pela frente. Não há previsão de prontidão em fronteira e os militares reiteram que não há possibilidade de o governo brasileiro intervir no país vizinho ou entrar lá, embora as tropas brasileiras estejam sempre atentas para qualquer necessidade de atuação. O que existe é um apoio do governo brasileiro e reconhecimento a Juan Guaidó como presidente, além de apoio às sanções ao País.
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                    1/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters) Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas 
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                    2. Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas
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                    2/21 Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas (Manaure Quintero/Reuters) Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas 
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                    3. Manifestantes da oposição enfrentam veículos militares perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
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                    3/21 Manifestantes da oposição enfrentam veículos militares perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Manifestantes da oposição enfrentam veículos militares perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas 
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                    4. Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
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                    4/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters) Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas 
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                    5. Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
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                    5/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters) Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas 
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                    6/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters) Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas 
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                    7. Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
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                    7/21 Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas 
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                    8. Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
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                    8/21 Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas 
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                    9. Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas
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                    9/21 Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas 
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                    10. Manifestante joga uma pedra em um veículo da Guarda Nacional
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                    10/21 Manifestante joga uma pedra em um veículo da Guarda Nacional (Rafael Briceno/Getty Images) Manifestante joga uma pedra em um veículo da Guarda Nacional  
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                    11. Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
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                    11/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Anadolu Agency/Getty Images) Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas 
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                    12. Pessoas reagem à medida que os militares passam perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda, em Caracas
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                    12/21 As pessoas reagem à medida que os militares passam perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda, em Caracas (Manaure Quintero/Reuters) Pessoas reagem à medida que os militares passam perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda, em Caracas 
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                    13. Militar mira com uma arma perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    13/21 Militar mira com uma arma perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Manaure Quintero/Reuters) Militar mira com uma arma perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas 
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                    14. Um membro militar joga uma bomba de gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    14/21 Um membro militar joga uma bomba de gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Um membro militar joga uma bomba de gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas 
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                    15. Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    15/21 Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas 
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                    17. Membros militares reagem a gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    18. Gás lacrimogêneo é arremessado perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    18/21 Gás lacrimogêneo é arremessado perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) 
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                    19. Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    19/21 Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters) Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas 
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                    21. O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, fala com um membro militar perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
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                    21/21 O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, fala com um membro militar perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Manaure Quintero/Reuters) O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, fala com um membro militar perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas