Brasil

MP estadual quer reforço da Força Nacional em São Luís

O MP estadual destaca que medida é necessária devido a recentes ataques de violência e vandalismo praticados por ordem de líderes de organizações criminosas


	Penitenciário de Pedrinhas: a Força Nacional está atuando com 150 homens, na segurança de Pedrinhas desde outubro, quando a crise no sistema prisional se agravou
 (Montelles/Divulgação/SEJAP)

Penitenciário de Pedrinhas: a Força Nacional está atuando com 150 homens, na segurança de Pedrinhas desde outubro, quando a crise no sistema prisional se agravou (Montelles/Divulgação/SEJAP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 13h22.

Brasília – O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) fez um pedido ao governo do estado para que solicite o apoio da Força Nacional de Segurança nas ruas de São Luís (MA).

O ofício foi encaminhado ontem (6) ao secretário da Casa Civil do Maranhão, João Abreu, pela procuradora-geral de Justiça em exercício, Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro, para que haja policiamento ostensivo em toda a região metropolitana da capital.

No documento, o MP estadual destaca que a medida é necessária tendo em vista as recentes ataques de violência e vandalismo praticados por ordem de líderes de facções e organizações criminosas, espalhando medo na população.

O Ministério Público pede ainda que seja instalado um Gabinete de Gestão Integrada, a fim de permitir o acompanhamento da segurança pública no estado por todos os órgãos da área.

A Força Nacional está atuando com 150 homens, na segurança do Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde outubro, quando a crise no sistema prisional se agravou, com uma rebelião que deixou nove mortos e 20 feridos.

A situação do sistema carcerário no Maranhão não é novidade.

A Agência Brasil noticia desde 2008, a precariedade do sistema e os esforços dos governos do estado e federal na tentativa de solucionar o problema.

A Polícia Militar deteve ontem seis suspeitos de participarem do incêndio a um ônibus na Vila Sarney Filho, em São Luís, na noite de sexta-feira (3), entre eles três adolescentes.

Dez suspeitos já haviam sido identificados.


O ofício do Ministério Público aponta ainda a necessidade de transferir, com urgência, para presídios federais, os detentos responsáveis por ordenar os ataques.

O governo do estado confirma que aceitou a ajuda do governo federal, mas que ainda não foi realizada nenhuma transferência.

Ontem, o Batalhão de Choque da Polícia Militar fez uma vistoria na penitenciária de Pedrinhas e apreendeu 16 armas brancas, 22 munições de revólver calibre 38, três celulares, além de baterias, carregadores e chips de aparelhos celulares.

O MP-MA requer, ainda, que o estado providencie amparo legal e indenizações às famílias das vítimas que estavam no ônibus incendiado em São Luís.

O governo diz que uma equipe da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) formada por assistentes sociais, psicólogos e advogados já estão acompanhando as vítimas.

A assessoria do governo informa que disponibilizou auxílio-funeral para a família da menina Ana Clara Santos, de 6 anos, que estava no ônibus incendiado e morreu vítima das queimaduras.

Os demais feridos continuam internados nos Hospitais Juvêncio Matos e Tarquínio Lopes, em São Luís, um deles ainda em estado grave.

Assim como a governadora Roseana Sarney, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior divulgou nota de pesar pela morte da menina Ana Clara, na qual condena a onda de violência na cidade e se colocou à disposição do estado e da União.

“Manifesto meu profundo pesar pela morte da criança Ana Clara, vítima de brutal, hedionda e repulsiva violência. Nada ameniza a dor dilacerante da família, a quem me uno em solidariedade e orações.”

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCrimecrime-no-brasilMaranhãoMinistério PúblicoSão Luís (MA)

Mais de Brasil

'Extrema-direita não voltará a governar esse país', diz Lula sobre eleições de 2026

Moraes manda Ministério da Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli

Projeto que anula aumento do IOF deve ser pautado na terça, diz Hugo Motta

Empresários franceses prometem a Lula investir R$ 100 bi no Brasil