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MPF pede que tribunal casse prisão domiciliar de Adriana Ancelmo

A esposa de Sérgio Cabral foi condenada na Operação Calicute a 18 anos de reclusão, por associação criminosa e lavagem de dinheiro

Adriana Ancelmo: os procuradores sustentam que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia" (Agência Brasil/Agência Brasil)

Adriana Ancelmo: os procuradores sustentam que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia" (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 19h12.

Rio - O Ministério Público Federal (MPF) quer que o Tribunal Regional Federal (TRF2) casse a prisão domiciliar da ex- primeira dama do Estado, Adriana Ancelmo.

Na manifestação, os procuradores sustentam que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício".

O julgamento do recurso do MPF está na pauta da 1ª Turma do TRF2, desta quinta-feira, 23. Adriana foi condenada na Operação Calicute a 18 anos de reclusão, por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2ª Região considerou a prisão domiciliar inadequada e desproporcional.

Para o MPF, o interesse dos filhos menores de Adriana "deve ser tão considerado quanto a situação social da família, para a qual trabalham profissionais como babás, professores particulares e orientadores pedagógicos na escola onde estudam". "Os filhos, sendo o mais novo de 11 anos, contam com a convivência com avós e acesso aos psiquiatras autores de laudos trazidos pela defesa", justificou o MP.

"A prisão da ora embargante, a despeito de eventual efeito psicológico no desenvolvimento de seus filhos, não configura perigo maior a eles que o representado à formação de todos os menores cujas mães estão efetivamente reclusas", afirmam os procuradores regionais.

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