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'Não podemos aceitar que o crime continue destruindo famílias', diz Lula após operação no Rio

Megaoperação das polícias Civil e Militar resultou na morte de 121 pessoas, segundo dados divulgados pelo governo do estado do Rio

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 29 de outubro de 2025 às 21h29.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou pela primeira vez nesta quarta-feira, 29, após a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro.

Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Lula criticou a escalada da violência no Rio de Janeiro e enfatizou que o Brasil não pode aceitar que o crime organizado continue "destruindo famílias".

A ação realizada pelas polícias Civil e Militar realizada nesta terça-feira, 28, resultou na morte de 121 pessoas, segundo dados divulgados pelo governo do estado do Rio.

"Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco".

O presidente afirmou também que se reuniu mais cedo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e determinou sua ida ao Rio de Janeiro para acompanhar a situação. Nesta noite, o chefe da pasta e o governador do Rio, Cláudio Castro, anunciaram uma parceria para combater o crime organizado. O acordo inclui a instalação de um escritório focado no combate e monitoramento de facções criminosas.

"Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador", disse.

E recordou: "Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro".

No texto, o presidente também defendeu reforço da integração entre as polícias e entre os governos estaduais e a União contra as facções criminosas. Ele menciona a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança, que já foi enviada pelo governo ao Congresso. No entanto, a tramitação está parada desde abril.

"Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas", continuou.

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