Brasil

Número de mães que têm filhos com 40 anos ou mais quase dobra em duas décadas, mostra IBGE

Levantamento também mostra que quantitativo de mães menores de idade permanece significativo, superando mais de 200 mil nascimentos em 2023

Quantitativo de crianças nascidas de mães com quarenta anos ou mais dobrou nos últimos 20 anos, segundo dados do IBGE (Pixabay)

Quantitativo de crianças nascidas de mães com quarenta anos ou mais dobrou nos últimos 20 anos, segundo dados do IBGE (Pixabay)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 16 de maio de 2025 às 11h27.

O número de mulheres que têm filhos com 40 anos ou mais dobrou nos últimos 20 anos, mostram dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. Em 2003, apenas 57.832 (2,1%) dos nascidos foram gerados por mães nesse intervalo de idade, enquanto 109.170 (4,3%) dos bebês atenderam esse critério em 2023. A principal faixa-etária da maternidade, no entanto, continua sendo a de 20 a 29 anos, representando mais de 1,2 milhões (49,1%) dos nascimentos.

O levantamento também mostra que, no mesmo período de análise, houve, no entanto, redução de bebês gerados por mães com até 29 anos, diante do aumento de progenitoras com mais de 30 anos. Em 2023, 39% dos recém-nascidos do país tinham mães com pelo menos 30 anos. No Distrito Federal, a maior incidência, quase metade (49,4%) tinha essa idade.

Os dados recolhidos pelo IBGE também apontam que o quantitativo de mães menores de idade segue significativo, apesar da redução recente. Em 2023, 296.409 (11,8%) dos nascidos vivos foram gerados por jovens de até 19 anos, a maioria na Região Norte. Vinte anos antes, essa taxa era de 583.088 (20,9%), mais de um quinto do total.

Redução do número de nascimentos

A pesquisa também relevou números inéditos da tendência de queda da natalidade no país: em 2023, o Brasil teve o menor número de nascimentos dos últimos 45 anos. Ao todo, foram 2.523.267 bebês nascidos vivos, número inferior ao calculado em 1974, quando teve início a série histórica de Estatísticas do Registro Civil do IBGE.

A quantidade, por sua vez, também representa uma redução de 0,7% em comparação com 2022. Se contraposta à média anual de 2015 a 2019, a diminuição foi de 12%, evidenciando que na década atual a curva de queda se intensificou ainda mais.

A diminuição de nascimentos aconteceu em todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, onde houve aumento de 1,1%. A principal redução foi no Sudeste (menos 1,4%). Os cinco estados com mais nascimentos, em números absolutos, foram São Paulo, Minas, Rio, Bahia e Paraná. Na outra ponta estão estados da Amazônia: Roraima, Amapá, Acre e Tocantins. Percentualmente, a maior queda foi em Rondônia (3,7%).

Acompanhe tudo sobre:MulheresBebêsCrianças

Mais de Brasil

FAB intercepta aeronave ilícita com 200kg de skunk no Pará; vídeo

Linha 1-azul do metrô de São Paulo opera com velocidade reduzida após ocorrência na estação Luz

Anvisa proíbe todos os lotes dos suplementos da Power Green

STF começa hoje julgamento sobre indenização por perdas em planos econômicos; entenda