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Nunes defende candidatura de Bolsonaro em 2026: 'Ele deveria disputar eleição e a população definir'

Ex-presidente está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral; prefeito de São Paulo também saiu em defesa de Tarcísio em relação às tarifas impostas por Trump

Ricardo Nunes, prefeito da cidade de São Paulo em entrevista na redação Exame

Foto; Leandro Fonseca
Data: 15/01/2025 (Leandro Fonseca/Exame)

Ricardo Nunes, prefeito da cidade de São Paulo em entrevista na redação Exame Foto; Leandro Fonseca Data: 15/01/2025 (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Publicado em 14 de julho de 2025 às 13h26.

Última atualização em 14 de julho de 2025 às 13h33.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu nesta segunda-feira, 14, a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) ao governo federal em 2026. O ex-presidente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o emedebista, “ele deveria disputar a eleição e a população definir” e disse que não é “o melhor caminho tirar alguém do cenário eleitoral”, contestando a decisão da Corte eleitoral.

A fala foi feita durante entrevista à GloboNews, depois de ser questionado sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foram justificadas pela situação judicial de Bolsonaro.

"Eu acho que a melhor decisão… É uma opinião pessoal minha e não é porque ele me apoiou e porque o partido dele, o PL, me apoia, é pelo que eu sinto como um democrata, é de que ele deveria disputar a eleição e a população definir. Me parece que tirar alguém do cenário eleitoral onde a população vai ter o seu exercício pleno da democracia que é a escolha não é o melhor caminho", falou.

O prefeito ainda definiu como "correta" a reação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em relação ao tema. Inicialmente, o governador acionou a Bolsonaro e usou suas redes sociais para criticar o presidente Lula (PT) e atribuir ao petista a responsabilidade pelas sanções americanas.

No dia seguinte, ele amenizou o tom e defendeu que o Brasil “negocie” com os Estados Unidos e “deixe de lado as questões políticas”. Depois, o governador foi até Brasília, onde se reuniu com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, em Brasília, a fim de conversar sobre as tarifas.

O estado de São Paulo será o mais afetado caso a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros seja mesmo implementada em agosto, conforme anunciado por Trump.

Para Nunes, Tarcísio agiu “corretamente” e defendeu “os interesses do estado”.

"O governador é um grande parceiro, é um amigo pessoal. O governador, o prefeito, o presidente, nós temos obrigação de defender os interesses das pessoas que nós representamos. São Paulo representa um terço do que o Brasil vende para os EUA. Aqui em São Paulo, de tudo o que é exportado, 19% é para os EUA. É óbvio que o governador Tarcísio tem de defender os interesses de São Paulo, como eu tenho de defender os interesses da cidade de São Paulo, não há quem possa pensar o contrário. Acho que o Tarcísio fez isso corretamente", falou o emedebista.

Nunes ainda disse que pretende terminar o mandato, em meio a rumores crescentes de que ele poderia sair da prefeitura para disputar o governo do estado caso Tarcísio decida disputar o Planalto. Mas disse que não negaria um pedido do governador nesse sentido.

"Meu desejo é cumprir os quatro anos. Eu acho que ele não vai fazer isso, mas o que o Tarcísio me pedir eu não tenho como negar, eu tenho uma relação com o governador Tarcísio de Freitas de muita sintonia, ele tem sido um grande parceiro, eu tenho conseguido fazer muita coisa por conta dele. A cracolândia não teria acontecido isso se não fosse o Tarcísio comigo e eu com o Tarcísio".

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