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OCDE vê avanço do Brasil nas áreas de energia limpa e inovação

Relatório aponta que o país combina modernização industrial, transição energética e forte financiamento público para impulsionar economia verde e digital

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 12h52.

O Brasil vive uma profunda transformação em seu modelo produtivo, apoiada em inovação, energia limpa e cooperação internacional.

A conclusão é da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que destacou o país como exemplo de modernização e sustentabilidade em seu relatório “Perspectivas Econômicas para a América Latina”, divulgado nesta sexta-feira, 7.

Segundo o documento, a maior economia da região aposta em uma estratégia de longo prazo para aumentar a competitividade, reduzir desigualdades regionais e fortalecer a sustentabilidade.

Estratégias brasileiras

O documento destaca iniciativas como a Estratégia Brasil 2050, voltada à adaptação climática e à revolução tecnológica, e o Nova Indústria Brasil (NIB) 2024-2033, que busca impulsionar a descarbonização e a digitalização da indústria nacional.

Outro pilar é o Plano Nacional de Transição Energética (PNTE) 2024-2034, que pretende transformar a matriz energética com a expansão das fontes renováveis e o desenvolvimento de polos de hidrogênio verde.

O relatório também cita o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como motor de investimentos em infraestrutura física e digital, alinhado à modernização produtiva. O Plano Mais Produção, lançado pelo governo, prevê US$ 50 bilhões até 2026 para financiar tecnologia, pesquisa e digitalização, com foco em micro, pequenas e médias empresas.

Grande parte dos recursos é distribuída pelo BNDES, por meio de linhas de crédito subsidiadas e incentivos fiscais. Além disso, o PAC reservou mais de US$ 250 bilhões para obras de infraestrutura, com prioridade para projetos verdes e conectividade digital.

Outro destaque é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico, criado em 2025, que oferece subsídios e empréstimos a juros baixos para projetos estratégicos.

Parcerias internacionais

Na frente internacional, o Brasil amplia parcerias voltadas à economia verde. O país foi selecionado pelos Fundos de Investimento Climático para aplicar US$ 230 milhões em tecnologias de baixo carbono e, em 2024, lançou com o Reino Unido o Centro de Descarbonização Industrial.

A OCDE também menciona a Associação para a Nova Revolução Industrial dos BRICS e a cooperação com Canadá e China para fortalecer pequenas e médias empresas.

O relatório conclui que o Brasil construiu uma arquitetura robusta para acelerar sua transformação produtiva, baseada em energia limpa, inovação e financiamento estratégico. O desafio, segundo a entidade, será garantir a execução coordenada desses planos para aproveitar as oportunidades da economia verde e digital.

*Informações da EFE

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