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Onda de depredações a ônibus em São Paulo: o que se sabe até o momento

Com a intensificação dos ataques, já são 421 ônibus depredados na capital paulista desde junho; motivação dos ataques segue sem explicação

Capital paulista registra ônibus atacados  (Reprodução/ Diário dos Transportes)

Capital paulista registra ônibus atacados (Reprodução/ Diário dos Transportes)

Publicado em 14 de julho de 2025 às 15h38.

Última atualização em 14 de julho de 2025 às 16h05.

Neste domingo, 13, um total de 47 ônibus foram depredados na cidade de São Paulo, marcando o segundo maior número de ataques desde que os incidentes começaram em 12 de junho, segundo a SPTrans informou à EXAME. A data só ficou atrás de 7 de julho, que registrou 59 casos de violência.

No total, desde o início da onda de depredações, 421 coletivos foram alvo de ataques em várias regiões da capital paulista, ainda conforme a empresa de transportes.

No entanto, os ataques também têm se espalhado para cidades da Grande São Paulo e da Baixada Santista, elevando o total de incidentes para pelo menos 623 casos.

Os ataques geralmente envolvem o lançamento de pedras ou outros objetos nos vidros dos veículos. Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver ônibus com vidros quebrados:

Até o momento, sete pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento nos ataques, segundo a Polícia Civil. Um adolescente também foi apreendido, mas posteriormente liberado.

As investigações seguem sob responsabilidade do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que realiza diligências e analisa dados para identificar e prender outros envolvidos.

Entre os presos, está um suspeito de lançar uma pedra contra um coletivo na Avenida Washington Luiz, em 27 de junho. Nesse ataque, uma passageira foi ferida e precisou de atendimento hospitalar. Outros suspeitos foram detidos em Guaianases, Pirituba e Santo Amaro.

Linhas de investigação

As investigações seguem por algumas linhas diferentes.

Uma delas sugere que os ataques seriam motivados por um desafio promovido em grupos fechados na internet. Outra hipótese é que as depredações possam estar sendo encomendadas por empresas operadoras do transporte coletivo. Há ainda a hipótese de ligação dos responsáveis com a facção PCC.

Para conter a onda de violência, a Polícia Militar iniciou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, que mobilizou mais de 7 mil policiais e 3 mil viaturas em todo o estado de São Paulo, com o objetivo de reforçar a segurança para passageiros e trabalhadores do transporte público.

Em resposta aos ataques, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) enviou ofícios às secretarias de Segurança Pública estadual e municipal solicitando reforço no policiamento.

A entidade afirmou que, embora o aumento da violência tenha se intensificado desde junho, o número de ataques seria ainda maior se incluídos os incidentes desde o começo do ano, totalizando 855 ataques somente na capital paulista.

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