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País não tem controle sobre munições, denuncia deputado

Presidente da da Comissão de Segurança da Câmara defendeu que Brasil crie um mecanismo para apontar a procedência da munição

O deputado defendeu maior atuação da Polícia Federal nas fronteiras para evitar a entrada de armas (Roberto Setton/VEJA)

O deputado defendeu maior atuação da Polícia Federal nas fronteiras para evitar a entrada de armas (Roberto Setton/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 18h29.

Rio de Janeiro - O controle sobre a fabricação e o comércio de munições no país praticamente inexiste. A denúncia é do deputado federal e Presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Mendonça Prado (DEM-SE), que visitou hoje (11) a Escola Municipal Tasso da Silveira, local do massacre de 12 estudantes, na última quinta-feira (7). “A comissão já está imbuída do propósito de formatar uma proposta que visa ao controle da munição, que não existe. Você tem um controle precário das armas e nenhum controle das munições. Atualmente, é impossível identificar a origem da cápsula de uma arma”, disse Prado.

O parlamentar disse que a Polícia Federal (PF) precisa ter seu quadro de agentes reforçado, pois é uma das forças responsáveis pela fiscalização das fronteiras. Segundo ele, o armamento produzido e exportado pelo Brasil para países vizinhos acabam voltando via contrabando.

“A Polícia Federal deve ter um aumento no seu efetivo pois, num país de dimensão continental como o nosso, a PF tem que realizar todas as suas missões e ainda cuidar das fronteiras, o que não é fácil.” No país existem atualmente, de acordo com o deputado, 15,9 milhões de armas, metade (8,3 milhões) legalizada.

Na visita, o parlamentar se encontrou, na frente da escola, com o sargento da Polícia Militar Márcio Alves, que matou Wellington Menezes de Oliveira, o jovem responsável pela tragédia.

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