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PF cumpre mandados em operação sobre fraudes no INSS e busca bens para ressarcir vítimas de esquema

Ação busca 'redução do prejuízo causado pelos autores', segundo a corporação

Operação Sem Desconto: PF realiza buscas para combater esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões (Pedro França/Agência Senado)

Operação Sem Desconto: PF realiza buscas para combater esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões (Pedro França/Agência Senado)

Agência o Globo
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Publicado em 4 de junho de 2025 às 11h58.

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira, 4, dois mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões. As ações ocorreram nas cidades de Indiaroba e Umbaúba, em Sergipe, após autorização da Justiça Federal do estado.

Segundo a PF, as ações visam arrecadar bens dos investigados no esquema, com o objetivo de "recompor o cerário público e reduzir os prejuízos causados pelos autores".

O esquema de descontos irregulares

De acordo com as investigações, sindicatos e associações cobraram descontos nos pagamentos de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Contudo, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) afirmam que a permissão para esses descontos foi fraudada. Isso resultou em descontos indevidos, que afetaram milhares de pessoas, sem a autorização dos beneficiários.

A arrecadação dos sindicatos, que aumentou significativamente nos últimos dois anos do governo Lula, foi baseada nessas mensalidades fraudulentas. Os investigadores calculam que o prejuízo causado pelo esquema pode superar R$ 6 bilhões.

Desdobramentos da operação

A Operação Sem Desconto é um desdobramento de outra ação deflagrada em abril, quando a PF cumpriu 211 mandados de busca em 13 Estados e 6 mandados de prisão temporária. Na ocasião, a ação levou ao afastamento do presidente, diretores e coordenadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsáveis por assinar acordos de cooperação com as entidades envolvidas no esquema.

A investigação teve início em 2023, quando a CGU identificou um aumento no número de associações e no valor das cobranças feitas aos aposentados. A CGU também verificou que essas entidades não possuíam a estrutura necessária para prestar os serviços oferecidos, o que levou ao aprofundamento da investigação e à deflagração da operação.

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