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PF diz que não informou operação a ministro da Justiça

"Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo", diz em nota a Polícia


	PF: "como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais", explicou o órgão
 (foto/Getty Images)

PF: "como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais", explicou o órgão (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 13h22.

Brasília - Em nota divulgada nesta segunda-feira, 26, a Polícia Federal informou que o Ministério da Justiça não foi avisado sobre o conteúdo da Operação Omertà, deflagrada nesta segunda e cujo alvo principal é o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci.

Porém, sugeriu ao titular da pasta, Alexandre de Moraes, que não se ausentasse de Brasília, pois o caso poderia demandar sua atuação.

A PF explicou que a conduta adotada desta vez é padrão. Esclareceu ainda que, em relação à 35ª fase da Lava Jato, o procedimento de "compartimentação e cuidado com a informação, que caracterizaram as quase 500 operações deflagradas este ano", foi o mesmo.

"Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo", diz a nota, acrescentando que as datas de "desencadeamento das operações especiais de polícia judiciária são acompanhadas "apenas pelos responsáveis pela coordenação operacional".

"Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais. No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação", explicou a PF.

Ao participar de um evento no domingo, em Ribeirão Preto, o ministro da Justiça declarou publicamente que haveria mais uma fase da Operação Lava Jato esta semana. Ele foi criticado por antecipar uma ação revestida de sigilo.

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