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PF e MPF desarticulam esquema que desviou R$ 70 mi na Bahia

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a CGU deflagaram operação que investiga crimes contra a administração pública e o desvio de verbas na Bahia


	Real: esquema envolvia a criação de empresas de fachada, falsificação de documentos, fraudes em licitações e combinação de preços, além de desvio de recursos públicos
 (Arquivo/Agência Brasil)

Real: esquema envolvia a criação de empresas de fachada, falsificação de documentos, fraudes em licitações e combinação de preços, além de desvio de recursos públicos (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 18h25.

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram hoje (14) a Operação Burla, que investiga crimes contra a administração pública e o desvio de verbas que podem passar de R$ 70 milhões no sudeste da Bahia

A operação prevê o cumprimento de 29 mandados em cinco cidades baianas (Guanambi, Caetité, Iuiú, Vitória da Conquista e Salvador), localizadas no sudeste da Bahia, e em Belo Horizonte.

Os mandados englobam três de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, oito de condução coercitiva e 15 mandados de busca e apreensão.

A prefeitura de Pindaí foi um dos alvos da operação. Um auditoria da CGU mostrou fraudes em uma licitação no município para a contratação de empresa para reforma e recuperação de três escolas locais.

As investigações apontaram que as fraudes descobertas em Pindaí se repetiram em diversos municípios baianos.

O esquema envolvia a criação de empresas de fachada, falsificação de documentos, fraudes nas licitações por meio de simulação de disputas e combinação de preços, além de desvio de recursos públicos.

As irregularidades eram feitas por duas organizações criminosas distintas, comandadas por empresários.  Apesar de controlarem empresas diferentes, ambos se comunicavam para buscar o máximo de vantagens indevidas nos processos licitatórios.

Os empresários usavam também "laranjas", que emprestavam os nomes, para esconder que eram os donos das empresa.

Os contratos conseguidos pelas empresas, por meio de licitações fraudulentas, somam mais de R$ 70 milhões, segundo a PF.

A PF informou que os investigados devem responder pelos crimes de responsabilidade, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso.

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