Brasil

Primeira Turma do STF analisa decisão de Moraes que impôs tornozeleira eletrônica a Bolsonaro

Ministros decidem se confirmam medidas contra ex-presidente; Análise vai até a próxima segunda-feira

Jair Bolsonaro: Polícia Federal (PF) cumpriu nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília, e também na sede do PL, seu partido (Antonio Augusto/Secom/TSE/Flickr)

Jair Bolsonaro: Polícia Federal (PF) cumpriu nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília, e também na sede do PL, seu partido (Antonio Augusto/Secom/TSE/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 18 de julho de 2025 às 12h52.

Tudo sobreJair Bolsonaro
Saiba mais

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta sexta-feira se confirma ou não a decisão dada pelo ministro Alexandre de Moraes que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de outras medidas cautelares. O início da análise começou com o voto de Moraes, que apresentou a decisão dada nesta sexta-feira e pediu para que ela seja referendada.

A análise ocorre no plenário virtual da Primeira Turma da Corte, e vai até a próxima segunda-feira, às 23h59. Além de Moraes, fazem parte do colegiado os ministros Cristiano Zanin — presidente da Turma, que convocou a sessão a pedido de Moraes — Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

As medidas cautelares foram determinadas por Moraes após a Polícia Federal apontar que Bolsonaro, e o filho, Eduardo Bolsonaro, vêm atuando, ao longo dos últimos meses, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos da América, com o intuito de obter a imposição de sanções contra agentes públicos do Estado Brasileiro”, em razão de suposta perseguição.

Na decisão submetida à Primeira Turma, Moraes afirma que Bolsonaro cometeu “claros e expressos atos executórios” e fez “flagrantes confissões” de crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania nacional. O relator sustenta que as condutas do ex-presidente têm como objetivo pressionar o governo norte-americano para interferir em investigações em curso no Brasil, especialmente na Ação Penal 2668, que trata da tentativa de golpe de Estado.

Entenda o que está em jogo

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília, e também na sede do PL, seu partido.

Em nota, a corporação afirmou que cumpriu "dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal".

Bolsonaro é réu, em ação penal que tramita no STF e analisa se houve uma tentativa de golpe de Estado. Na segunda-feira, a PGR apresentou as alegações finais no caso e pediu para o ex-presidente ser condenado por cinco crimes.

O ex-presidente deverá cumprir recolhimento domiciliar entre 19h e 6h de segunda a sexta e em tempo integral nos fins de semana e feriado; ser monitorado com tornozeleira eletrônica; não poderá manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e nem se aproximar de sedes de embaixadas e consulados. As medidas foram pedidas pela Polícia Federal (PF), com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Jair BolsonaroAlexandre de Moraes

Mais de Brasil

Eduardo Bolsonaro celebra decisão do governo Trump de proibir entrada de Moraes nos EUA

Operação da PF contra Bolsonaro traz preocupação sobre negociação entre Brasil e EUA, diz pesquisa

Tornozeleira eletrônica foi imposta por Moares por “atos de terceiros”, diz defesa de Bolsonaro

Após operação da PF contra Bolsonaro, Lula diz que será candidato a reeleição em 2026