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Professora brasileira é asfixiada e morta a pauladas no Havaí

Telma Emery fazia faxina em uma casa quando foi surpreendida por assaltantes

Crime: brasileira foi morta no Havaí durante assalto (Getty Images/Getty Images)

Crime: brasileira foi morta no Havaí durante assalto (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 21h07.

São Paulo - Uma professora brasileira, de 51 anos, morreu de forma trágica na tarde de quinta-feira, 7, em Haleiwa, no Havaí. Telma Emery fazia faxina em uma casa de aluguel de temporada, para complementar a renda como educadora, quando foi surpreendida com a entrada de criminosos na residência. De acordo com a investigação da polícia local e de fontes próximas da vítima, Telma, ao se deparar com os invasores, foi brutalmente morta a pauladas, com um taco de beisebol, e asfixiada com um saco plástico envolvendo sua cabeça.

Segundo as autoridades responsáveis pelo caso, a brasileira terminava os afazeres domésticos e esperava secar a roupa. Enquanto isso, foi buscar a filha, Makana, na escola. A menina, de 8 anos, também acabou sendo vítima: ela foi retirada do carro estacionado na casa e amarrada no segundo andar da propriedade. O corpo de Telma foi encontrado pelos inquilinos australianos que alugavam a casa. O veículo usado pela brasileira foi roubado pelos criminosos. Horas depois, o carro foi identificado pelo número da placa. Os suspeitos, Axel Hendrix e Hailey Kai, foram encontrados em um supermercado e detidos pela polícia, em Mililani, cidade vizinha ao local do crime.

A brasileira, nascida em São Paulo, atuava como professora substituta de inglês da Sunset Beach Elementary School, em Haleiwa, e frequentemente limpava casas na redondeza. Morava há 25 anos no Havaí e era casada com Kevin Emery."É uma grande tragédia. Ela era uma ótima mãe e um ser humano incrível", afirmou o cunhado de Telma, Brian Emery, que não quis prolongar o assunto.

"Estamos tentando, com a comunidade local, prestar apoio à família nessa hora tão triste e, principalmente, nesta época do ano antes do Natal", disse o cônsul honorário do Brasil no Havaí, Eric Crispim. "Uma tragédia como essa por aqui é, de fato, um caso muito inusitado. A criminalidade no Havaí é muita baixa. Não existe problema nem de furto nesta região. Este evento pegou a todos de surpresa", complementa o diplomata brasileiro.

As investigações sobre o caso ainda continuam e não houve por parte das autoridades locais um laudo oficial. Ainda é incerto o motivo do assassinato, mas a polícia indica que o casal estava sob efeitos de droga. De acordo com informações do consulado, a família ainda não decidiu sobre o local onde será enterrado o corpo de Telma Emery. A mãe da brasileira, que iria passar o fim de ano com a filha e a neta no Havaí, antecipou sua viagem para resolver os procedimentos fúnebres com os parentes americanos.

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