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PROS e Solidariedade têm maior adesão de deputados

Partidos foram o principal destino dos 59 deputados federais em exercício que registraram a troca de legenda

Paulinho da Força: partido articulado pelo deputado, Solidariedade já contabiliza 21 parlamentares nas suas fileiras (Marcelo Camargo/Foto de Arquivo/Agência Brasil)

Paulinho da Força: partido articulado pelo deputado, Solidariedade já contabiliza 21 parlamentares nas suas fileiras (Marcelo Camargo/Foto de Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 22h54.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 17h41.

Brasília - O PROS e o Solidariedade, os dois novos partidos autorizados recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram o principal destino dos 59 deputados federais em exercício que registraram a troca de legenda na reta final do prazo para disputar a eleição de 2014.

O Solidariedade, partido articulado pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), já contabiliza 21 parlamentares nas suas fileiras. O número ainda é distante do que a direção da nova sigla vinha propagandeando. Desde que sua criação foi autorizada pelo TSE, Paulinho ventilava que abrigaria ao menos 30 deputados, o que lhe garantiria transferir para o novo partido cerca de um minuto e quinze segundos de tempo na TV para entregar ao candidato à Presidência que vier a apoiar, além de cerca de R$ 21 milhões do fundo partidário que os deputados podem carregar quando mudam para legendas novas.

O único senador a se filiar ao Solidariedade foi Vicentinho Alves, ex-PR. A entrada do senador, no entanto, não vale nem para tempo de TV nem para o fundo partidário.

Outro novato do cenário político, o PROS também está longe do que divulgava. Seus dirigentes diziam que seria possível arregimentar até 28 deputados, mas o partido conta até o momento com uma bancada de cerca de 14 parlamentares. O Solidariedade deverá entrar para as fileiras da oposição; o PROS, para a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff.

As legendas que mais tiveram perdas com o troca-troca foram o PSD (9), o PDT (8) e o PMDB (7). No saldo, considerando saídas e entradas, a situação mais delicada é do PDT, que não agregou novos quadros. Levando em conta esse mesmo cálculo, até o momento, o PSD e o PMDB contabilizam seis deputados a menos cada um. O PSDB vem logo atrás, com um saldo negativo de quatro congressistas.

O levantamento tomou por base dados parciais divulgados diariamente pela Mesa Diretora da Câmara - a lista é composta das mudanças comunicadas pelos parlamentares à Casa -, e também outras trocas informadas pelas lideranças partidárias.

Por isso, embora a troca de partido com vistas às eleições do ano que vem tenha terminado no último sábado, ainda deve sofrer alterações nos próximos dias. As legendas têm até o dia 14 para comunicar à Justiça Eleitoral das novas filiações, razão pela qual a Mesa Diretora da Câmara tem atualizado o troca-troca partidário diariamente.

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