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Queimadas atuais na Amazônia não são "padrão Califórnia", diz Mourão

O vice-presidente concedeu entrevista para a rede CNN e fez uma comparação dos incêndios ocorridos na Amazônia com os do estado norte-americano

Amazônia: segundo Mourão, "qualquer área acima de 47 graus vira foco de calor" (Gustavo Basso/Getty Images)

Amazônia: segundo Mourão, "qualquer área acima de 47 graus vira foco de calor" (Gustavo Basso/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de setembro de 2020 às 10h38.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que as queimadas que estão ocorrendo na Amazônia não são "padrão Califórnia", referindo-se aos incêndios que também têm ocorrido no Estado norte-americano.

Em entrevista concedida neste sábado à noite para a rede CNN, Mourão comentou que a medição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) - que faz monitoramento dos focos de incêndios na região - acusa "focos de calor" nas imagens de satélite, "o que não significa incêndio". "Vários focos juntos é que vão constituir um incêndio, dependendo da área em que estiverem localizados", disse Mourão e continuou: "Qualquer área acima de 47 graus vira foco de calor; uma fogueira vira foco de calor, mas não é incêndio. Não estou desmistificando nada, mas temos de dar a devida proporção ao que está acontecendo na Amazônia."

Mourão disse ainda que com o trabalho que tem feito no Conselho da Amazônia, em integração com vários outros órgãos do governo, como Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, o objetivo do governo Jair Bolsonaro, ao fim do seu mandato, é reduzir as taxas de queimadas e desmatamento na Amazônia Legal a 10% dos níveis históricos. "Temos de realizar todas as operações necessárias, no sentido de que haja essa redução, lembrando que a repressão pura e simples não contribuirá sozinha para isso. Isso passa pela conscientização das pessoas e também pela regularização fundiária, que é fundamental para a gente combater as ilegalidades, além de desenvolver atividades econômicas na região."

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