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Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro

Lira foi presidente da Câmara até fevereiro deste ano e apoiou Bolsonaro durante a campanha de 2022

Agência o Globo
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Publicado em 16 de abril de 2025 às 13h34.

Última atualização em 16 de abril de 2025 às 14h22.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira(PP-AL), foi evasivo ao ser questionado se seria vice do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) numa eventual chapa na eleição de 2026. Relator na Casa do projeto que eleva a faixa de isenção de imposto de renda, considerada uma das grandes apostas Luiz Inácio Lula da Silva para alavancar sua popularidade, Lira respondeu que assumir o posto "em qualquer chapa" seria honroso.

Em entrevista em Alagoas, Lira respondeu se seria vice de Bolsonaro ou senador na disputa do ano que vem. " São dois cargos que honrariam qualquer brasileiro. Ser vice-presidente da República em qualquer chapa e ocupar uma vaga no Senado Federal, a Casa dos estados, são dois cargos muito honrosos", declarou, complementando que o momento é de "discutir com muita tranquilidade com nosso grupo político".

Lira foi presidente da Câmara até fevereiro deste ano e apoiou Bolsonaro durante a campanha de 2022. No entanto, a partir da vitória do petista, o parlamentar adotou um tom conciliador.

Lira tem defendido a interlocutores que sejam resgatados trechos de um projeto aprovado pela Casa quando ele era presidente da Câmara, em 2021, e que não avançou no Senado. As ideias de Lira de mudança no projeto do governo ainda não foram apresentadas para o governo. O relator fez apenas contatos telefônicos e deve marcar nos próximos dias uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Há um entendimento no governo de que a proposta de aumento da faixa de isenção do IR tem o objetivo de promover justiça tributária, o que serviria de bandeira para Lula, caso ele dispute a reeleição.

A última pesquisa Datafolha mostra que 76% da população apoia uma cobrança maior de imposto de renda para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês. O apoio à taxação dos mais ricos é superior ao percentual da população que defende a isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil, que é de 70%.

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