Agência de notícias
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 13h42.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou a manifestação favorável ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista e o uso da bandeira dos Estados Unidos durante o evento no dia da Independência do Brasil. Um dos principais auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Costa lembrou ainda que a Casa Branca impôs uma tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, o que prejudica a economia nacional.
"O dia de ontem deixou claro para a população brasileira de que lado cada um de nós está. Nunca vi, na história da humanidade, políticos que, no dia da independência de um país, erguessem a bandeira de outra nação, justamente uma nação que adotou medidas para destruir empregos, empresas e a economia do Brasil. Nunca vi nada parecido", afirmou à Rádio Jacobina FM, da Bahia.
Rui Costa afirmou ainda que a manifestação favorável a Bolsonaro deixou "claro" quem está ao lado da população. Na Avenida Paulista, o evento da direita contou com a presença dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
"Está evidente quem sempre esteve ao lado do povo brasileiro e quem usou — e ainda usa — a bandeira do Brasil apenas para defender interesses próprios e causas que não representam a maioria da população", disse o ministro.
Em Brasília, a cerimônia de 7 de setembro promovida pelo governo reforçou a mensagem de soberania nacional e patriotismo, em contraponto direto à narrativa bolsonarista e em meio às reações ao tarifaço anunciado por Donald Trump.
Convidados, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram não comparecer ao evento que ocorre na Esplanada dos Ministérios. Os ministérios foram enfeitados com cartazes com os dizeres "Brasil Soberano" e "Governo do Brasil do lado do povo brasileiro". O slogan "Brasil Soberano" também ilustrou os bonés que foram distribuídos pela Secom.