Brasil

Saída de Marta é motivada por ambição, diz Rui Falcão

Presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que partido recebeu a carta de Marta "com indignação"


	Rui Falcão: presidente nacional do PT acusa a senadora de retribuir "com falta de ética" a "confiança" depositada nela pelo partido
 (Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

Rui Falcão: presidente nacional do PT acusa a senadora de retribuir "com falta de ética" a "confiança" depositada nela pelo partido (Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 18h52.

Brasília - A senadora Marta Suplicy (SP), liderança histórica do PT e ministra tanto do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, pediu nesta terça-feira sua desfiliação do partido.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a senadora afirma ainda que o partido se "desviou" do caminho certo e se "contaminou com o poder". A senadora também preparou uma carta endereçada aos dirigentes da sigla, dizendo-se "isolada e estigmatizada" pela direção partidária. Marta também afirma que os crimes imputados a petistas, foco de investigações pela Polícia Federal, lhe causam um "grande constrangimento".

"É de conhecimento público que o Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", disse a senadora na carta.

"No meu sentir e na percepção de toda a nação, os princípios e o programa partidário do PT nunca foram tão renegados pela própria agremiação, de forma reiterada e persistente", afirmou Marta, acresentando que a legenda não tem mais abertura para o diálogo com suas bases.

Na carta destinada a dirigentes do PT, Marta argumenta ainda que a direção do PT vem "restringindo, cerceando e limitando" sua atuação no Congresso. "Não fui ouvida. Não tenho compromisso com os reiterados desvios programáticos e toda sorte de erros cometidos".

Ambição Eleitoral

Em nota, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido recebeu a carta de Marta "com indignação" e que ela não teve suas atividades cerceadas pela legenda.

Falcão acusa a senadora de retribuir "com falta de ética" a "confiança" depositada nela pelo partido. "Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras", afirmou o presidente petista na nota. "Ao renegar a própria história e desonrar o mandato, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou e destila ódio por não ter sido indicada candidata à Prefeitura de São Paulo em 2012." 

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilGoverno DilmaPartidos políticosSenadoGovernoMarta Suplicy

Mais de Brasil

Defesa diz que Cid 'jamais articulou golpe' e defende validade de delação premiada

Senado aprova projeto que amplia garantias aos passageiros de companhias aéreas

Denúncia não pode ser analisada como uma narrativa de fatos isolados, diz Gonet

Câmara de SP vai instalar CPIs sobre enchentes e fraudes em habitações sociais