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Samarco terá que explicar propaganda estimada em R$ 3 mi

Ministério Público de Minas não entende como a empresa pode alegar dificuldade financeira e ter recursos para pagar uma campanha publicitária em horário nobre


	Rio Doce poluído por barragem da Samarco: pelos cálculos, a mineradora pagou pelo menos R$ 3 milhões à Rede Globo para veicular comercial
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Rio Doce poluído por barragem da Samarco: pelos cálculos, a mineradora pagou pelo menos R$ 3 milhões à Rede Globo para veicular comercial (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 17h01.

São Paulo - O Ministério Púbico Federal de Minas Gerais pediu à mineradora Samarco explicações sobre as propagandas veiculadas em horário nobre na TV aberta.

De acordo com o G1, o MPF não entende como a empresa pode alegar dificuldade financeira e ter recursos para pagar uma campanha publicitária.

No mês passado, a Vale, uma das donas da Samarco junto com a BHP, alegou que a mineradora não tinha dinheiro para pagar a multa de R$ 2 bilhões.

De acordo com uma publicação que circula no Facebook, cada 30 segundos no intervalo do Fantástico custa mais de R$ 500 mil. Pelos cálculos da página, a mineradora pagou pelo menos R$ 3 milhões à Rede Globo.

QUANTO CUSTARAM OS COMERCIAIS DA MINERADORA SAMARCO NO PROGRAMA FANTÁSTICO DO ÚLTIMO DOMINGO?Na foto abaixo você pode...

Publicado por Em Defesa dos Territórios Frente a Mineração em Sexta, 19 de fevereiro de 2016

Além dos procuradores, a campanha também causou estranheza a alguns telespectadores. Desconfiados das informações do comercial, mais de 50 pessoas fizeram queixas ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

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As denúncias sobre a veracidade das informações contidas nos comerciais estão sendo investigadas. Caso o conteúdo das inserções sejam reprovados, elas terão que sair do ar.

Em nota ao HuffPost Brasil, a Samarco afirmou que "não recebeu qualquer ofício do Ministério Público Federal sobre esse assunto. A mineradora, porém, não confirmou os valores gastos com a publicidade.

Desastre

A barragem de Mariana rompeu no último dia 5 de novembro, gerando um tsunami que lama que destruiu o distrito, a fauna e a flora da região.

A tragédia causou pelo menos 19 mortos e mais de 600 desabrigados. O desastre deixou cidades sem água e, recentemente, a lama chegou ao litoral baiano, depois de passar pelo Espírito Santo.

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