Agência de notícias
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 18h56.
Última atualização em 3 de outubro de 2025 às 19h42.
O estado de São Paulo atualizou para um total de 102 casos de intoxicação por metanol, abrangendo pacientes investigados e confirmados.
De acordo com o novo balanço da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado nesta sexta-feira, dia 3, 11 casos foram confirmados, incluindo o registro de um óbito na capital paulista. Para o tratamento dos pacientes, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo comprou 2 mil novas ampolas de álcool etílico absoluto, o antídoto contra a intoxicação por metanol.
Entre os 102 casos, 91 seguem sob investigação, e 15 foram descartados. No que se refere aos óbitos, oito mortes estão sendo investigadas: cinco na capital, duas em São Bernardo do Campo e uma em Cajuru.
A compra de novas ampolas se soma às 500 unidades já disponíveis em estoque nos serviços de referência estaduais. O medicamento já está sendo distribuído nesta sexta-feira para centros de referência e para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMusp).
— As primeiras horas após a ingestão de bebida alcoólica contaminada são decisivas para salvar vidas e o Estado de São Paulo está preparado com estoque do antídoto contra intoxicação por metanol — disse o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, sobre a importância do tempo de resposta.
Além da reserva de antídoto, a rede estadual aprimorou a capacidade laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. Um novo protocolo prevê que amostras de sangue ou urina, coletadas nas unidades de saúde, sejam analisadas em um prazo de até 1 hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof) do Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto. A análise utiliza a cromatografia gasosa, método considerado padrão ouro para a detecção de metanol. A logística de transporte das amostras até o laboratório é coordenada pelo Instituto Adolfo Lutz.