Brasil

STF condena ex-assessor do PP a 7 anos de prisão

O colegiado reconheceu que a pena por corrupção passiva prescreveu porque a maioria dos ministros fixou 1 ano e 6 meses de prisão ao réu

Os ministros revisor e relator do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa (José Cruz/Agência Brasil)

Os ministros revisor e relator do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 16h03.

Brasília - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aplicou nesta quarta-feira (21) a pena de 7 anos e 3 meses de prisão a João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O colegiado, contudo, reconheceu que a pena por corrupção passiva prescreveu porque a maioria dos ministros fixou 1 ano e 6 meses de prisão ao réu. Para que o Estado pudesse puni-lo por esse crime, Genu teria que pegar pena superior a dois anos de detenção.

Na votação sobre o crime de formação de quadrilha, o presidente interino do STF e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, havia proposto a fixação da pena ao ex-assessor do PP em 1 ano e 8 meses de prisão. "Sem a colaboração direta e intensa de João Cláudio Genu, os parlamentares do PP teriam mais dificuldade de se transformar em uma legenda de aluguel", afirmou o relator. Em seguida, o ministro Luiz Fux acompanhou Barbosa.

Contudo, o ministro Gilmar Mendes abriu divergência e sugeriu a aplicação da pena de 2 anos e 3 meses de prisão por esse crime. Ele foi acompanhado pelos ministros Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. "No caso, nós estamos a versar sobre a situação jurídica de pessoa altamente esclarecida, de uma pessoa que detinha um cargo de confiança e que, portanto, poderia realmente ter deixado de integrar a associação", afirmou Marco Aurélio, ao defender uma sanção maior a Genu, que prevaleceu no tribunal.

No caso da corrupção passiva, a posição dos ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Marco Aurélio Mello prevaleceu, ao pedir a aplicação de pena de 1 ano e 6 meses de prisão. Com essa sanção, a pena está prescrita. Por último, a maioria da Corte acompanhou a manifestação do relator em relação ao crime de lavagem de dinheiro. Barbosa propôs a aplicação da pena de 5 anos de prisão e 200 dias multa ao ex-assessor do PP. Com essa sanção, Genu deve cumprir a pena em regime semiaberto.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Norte mais evangélico, Nordeste mais católico: veja as religiões por região do país

Quais são os estados com mais pessoas sem religião? Veja lista do Censo 2022

Quais são os estados com mais católicos no Brasil? Veja lista do Censo 2022

Quais são os estados com mais evangélicos no Brasil? Veja lista do Censo 2022