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STF tem maioria de votos para condenar homem que sentou na cadeira de Moraes no 8/1

Julgamento ocorre no plenário virtual; Ministros seguiram voto de Moraes, que é o relator do caso

Agência o Globo
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Publicado em 1 de agosto de 2025 às 20h18.

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a 17 anos de pena, sendo 15 anos e seis meses em regime fechado, um homem que foi filmado sentado na cadeira do magistrado em 8 de janeiro de 2023. A análise está ocorrendo no plenário virtual.

Fábio Alexandre de Oliveira, de 45 anos, é um dos réus por participação nos atos golpistas e seu caso está sendo analisado no plenário virtual da Primeira Turma.

No vídeo, o homem afirmou: "Cadeira do Xandão aqui. Aqui, ó vagabundo. É o povo que manda nessa p...a, ca...lho". Morador de Penápolis, no interior de São Paulo, ele tem 45 anos de idade.

Moraes, que é relator do caso, detalhou que a partir do processo eleitoral de 2022, Fábio “associou-se a centenas de outras pessoas, algumas armadas, praticando atos que se voltavam contra a higidez do sistema eleitoral”, e em 8 de janeiro tentou abolir o Estado Democrático de Direito. Ele foi identificado em um vídeo publicado nas redes sociais e exibido no Fantástico no dia 15 de janeiro de 2023.

Moraes foi seguido pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Faltam votar Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) destaca que “o réu aparece utilizando luvas para dificultar sua identificação datiloscópica e com máscara de proteção contra gases sobre suas pernas, evidenciando intenção e preparação para a prática de atos de que poderiam resultar em confronto com as forças de segurança pública que guarneciam os prédios invadidos”.

À Justiça, Fábio negou ter entrado no STF, disse que a cadeira estava "jogada para o lado de fora do prédio" e que tudo foi apenas uma "brincadeira".

"Fábio Alexandre de Oliveira agiu de forma livre, consciente e voluntária em adesão aos objetivos golpistas. Suas manifestações públicas, sua presença nos locais invadidos, o uso de equipamentos para dificultar identificação, bem como as comunicações com outros envolvidos, evidenciam que instigou, apoiou e legitimou a atuação das massas que, no dia 8 de janeiro de 2023, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, com o objetivo de depor o governo legitimamente constituído e abolir o Estado Democrático de Direito", defendeu Moraes em seu voto.

O relator votou para condenar Fábio Alexandre por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de MoraesCPMI do 8 de janeiro

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