Agência de notícias
Publicado em 10 de julho de 2025 às 08h33.
Última atualização em 10 de julho de 2025 às 08h35.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio afirmou que "não adianta" ao petista "se esconder atrás do Bolsonaro", que foi citado por Trump no anúncio da taxação.
"Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema", escreveu o governador paulista em postagem no X.
Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) July 10, 2025
O governo brasileiro chamou pela segunda vez nesta quarta-feira o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para dar explicações e ser informado sobre a contrariedade do Brasil em relação às medidas tomadas por Trump.
Após a divulgação de carta endereçada a Lula que anuncia a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o Itamaraty disse ao representante diplomático americano que o documento continha "inverdades" e era "ofensivo".
Após o anúncio de taxação de Trump, Lula disse que "qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica", em um post nas redes sociais.
Essa lei autoriza o Poder Executivo, em coordenação com o setor privado, a adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços ou medidas de suspensão de concessões comerciais, de investimento e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual e medidas de suspensão de outras obrigações previstas em qualquer acordo comercial do país.
A norma ainda ressalta que as contramedidas deverão ser, na medida do possível, proporcionais ao impacto econômico causado pelas ações, políticas ou práticas de aplicação unilateral de medidas comerciais, financeiras ou de investimentos prejudiciais ao Brasil.
O presidente disse que o "Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém".
"O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais", acrescentou.