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Tebet diz que Brasil cobra muito imposto e aponta necessidade de revisão dos gastos

Ministra do Planejamento destacou a necessidade de enfrentar precatórios ainda em 2025 e criticou o foco de cortes nas camadas mais pobres da população

Ministra ressaltou que país já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo

Ministra ressaltou que país já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo

Publicado em 8 de julho de 2025 às 17h53.

Última atualização em 8 de julho de 2025 às 17h59.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta terça-feira, 8, que o Brasil enfrenta dificuldades para aumentar a arrecadação por meio da elevação de impostos. Ela ressaltou que o país já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que limita essa alternativa.

"O Brasil é um dos que mais cobram, embora a cobrança seja realmente injusta", disse a ministra e acrescentou: "Não há como fazer contenção de despesas sem rever os gastos do governo em todas as medidas".

Precatórios

Tebet também destacou a necessidade de enfrentar o problema dos precatórios ainda no segundo semestre deste ano. Segundo a ministra, o Ministério da Fazenda está buscando soluções para contabilizar os precatórios de 2027 no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que será enviado ao Congresso em abril de 2026.

A partir de 2027, todas as despesas da União com precatórios voltarão a ser incluídas nos limites de despesa e na meta de resultado primário.

A ministra enfatizou também que não há como conter gastos sem rever o orçamento do governo em todas as áreas. De acordo com a ministra, o país já realizou cortes que impactaram principalmente as camadas mais baixas da população, enquanto os gastos dos grupos mais privilegiados ainda não foram reduzidos.

"Já mexemos muito com o andar de baixo; nunca se conseguiu mexer com o andar de cima, ao qual eu pertenço".

A fala de Tebet acompanha declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, o governo federal e o PT intensificaram nas redes sociais campanhas que defendem ações voltadas para a "justiça social", como o projeto que amplia a faixa de isenção do imposto de renda.

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