Redação Exame
Publicado em 18 de maio de 2025 às 16h15.
O governo federal informou neste domingo, 18, que o Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi expulso da Bolívia pelas autoridades daquele país. Ele foi entregue à Polícia Federal na cidade fronteiriça de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Tuta é apontado como um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do país.
O preso foi encaminhado a um presídio de segurança máxima do Sistema Penitenciário Federal (SPF), cujo objetivo é isolar lideranças criminosas e presos de alta periculosidade. Ele ficará custodiado na Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA).
A transferência do preso para o Brasil contou com a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério de Relações Exteriores. Participaram da operação 50 integrantes da Polícia Federal, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT).
O transporte da fronteira boliviana para Brasília foi realizado em uma aeronave da PF.
A escolta até a Penitenciária Federal em Brasília contou com 18 homens da Polícia Penal Federal, além do apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.
Em ação conjunta com a Polícia Federal, agentes da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) da Bolívia prenderam Marcos Roberto de Almeida, na noite de sexta-feira, 16, em Santa Cruz de la Sierra.
Condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, ele constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020.
A prisão ocorreu após Marcos Roberto comparecer a uma unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias, apresentando um documento falso em nome de Maicon da Silva –cujas informações também já constavam no banco internacional de dados.
O agente boliviano acionou um oficial da Polícia Federal brasileira que atua em Santa Cruz de la Sierra, que, por sua vez, mandou a informação para a central da Interpol em Brasília. Com o cruzamento de dados biométricos, os agentes brasileiros confirmaram que se tratava de um foragido da Justiça.
A partir da confirmação de sua verdadeira identidade, ele foi detido pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado na Bolívia (FELCC).