O pedido de expulsão de Sabino teve 32 votos a favor e um contra (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Divulgação)
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Publicado em 8 de outubro de 2025 às 17h36.
Última atualização em 8 de outubro de 2025 às 18h03.
A Executiva Nacional do União Brasil aprovou nesta quarta-feira, 8, a intervenção no Diretório Estadual do Pará e a suspensão cautelar das atividades partidárias do ministro do Turismo, Celso Sabino. O caso seguirá para análise do Conselho de Ética, que terá até 60 dias para se manifestar.
A reunião ocorreu em formato híbrido, conduzida pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda. O relator do pedido de expulsão de Sabino foi o deputado federal Fábio Schiochet (SC), enquanto a senadora Professora Dorinha (TO) ficou responsável pelo pedido de intervenção no diretório estadual.
O pedido de expulsão de Sabino teve 32 votos a favor e um contra, e a intervenção no diretório do Pará contou com 31 votos a favor e dois contra.
“Não se trata de uma questão pessoal, é uma posição do partido que precisa ser coerente com seus valores. Respeitamos o tempo do Sabino, mas a decisão da Executiva é soberana”, afirmou Rueda em nota.
Em 2 de setembro, os presidentes da Federação União Progressista (UPb), Antonio Rueda e Ciro Nogueira, anunciaram que os detentores de mandatos do União Brasil e do Progressistas deveriam renunciar a funções no governo federal. A medida previa afastamento e punições disciplinares para quem permanecesse nos cargos.
No dia 18 de setembro, a Comissão Executiva Nacional reforçou a determinação, exigindo que os filiados em cargos públicos de livre nomeação deixassem as vagas em até 24 horas.
O desejo de Celso Sabino em ficar no governo também está ligado às suas pretensões eleitorais em 2026. Deputado federal pelo Pará, Sabino tem planos de concorrer a uma vaga ao Senado pelo Pará em 2026 na chapa com o governador Helder Barbalho (MDB). De acordo com interlocutores, Lula já teria sinalizado a Sabino que o apoiaria na disputa. Em 2022, Lula venceu a disputa presidencial no Pará com 54%.