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Varejo no RJ deve crescer 12% e já reclama de nova CPMF

Associações do comércio reivindicam redução de carga tributária

Rua da Alfândega, no Rio: varejistas também pedem reforma trabalhista (Marcelo Correa/EXAME)

Rua da Alfândega, no Rio: varejistas também pedem reforma trabalhista (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 17h53.

Rio de Janeiro - O comércio varejista do Rio de Janeiro deverá crescer este ano entre 10% e 12% em relação a 2009, apesar da Copa do Mundo de Futebol e das eleições que, de acordo com o presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), Aldo Gonçalves, “tiraram o foco das compras no comércio”.

Excluídos esses dois fatores, Gonçalves, que também presidente do Conselho Empresarial do Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio (ACRJ), disse à Agência Brasil que o ano de 2010 foi muito positivo para o comércio lojista, que se beneficiou da melhoria do nível de emprego, da expansão do crédito e do aumento da renda da população, “principalmente as classes C e D”.

Em relação ao próximo governo, Gonçalves disse que a maior reivindicação do comércio é a redução da carga tributária, “uma das maiores do mundo e que afeta muito as empresas de modo geral, principalmente o comércio”. Nesse sentido, considerou contraditória a possibilidade de volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta há três anos pelo Congresso Nacional, justamente neste momento em que a presidenta eleita fala em reforma tributária. “A volta da CPMF é péssima para a economia e os empregados de maneira geral”.

Ele apontou ainda a necessidade de ser promover uma reforma trabalhista, de modo a diminuir os encargos que incidem sobre a folha de pagamento e rever “a complexidade das leis trabalhistas no Brasil, que são muito pesadas em relação a outros países”. Para Gonçalves, são reformas “que não foram feitas e que são urgentes para destravar, quebrar o gesso da economia”.

O CDL do Rio comemora no próximo domingo (7) 55 anos de fundação com o lançamento de dois produtos: Gestão de Crédito, para apoiar especialmente o pequeno e o médio lojistas no gerenciamento do sistema de crédito; e o Contact Center, serviço com 200 posições de atendimento e capacidade para receber mais de 1 milhão de chamadas por dia. A data coincide com o surgimento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), um banco de dados que revolucionou o sistema de crédito oferecendo um mecanismo eficiente de informações e de mensuração de risco de pessoas físicas e jurídicas.

Ao longo desses 55 anos, o CDL-Rio intermediou, por meio do SPC, a negociação de mais de 50 milhões de dívidas contraídas pelos consumidores, totalizando o recebimento de cerca de 500 milhões de consultas. A entidade é uma das fundadoras da Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic), presente em mais de 200 municípios brasileiros.

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