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3 exemplos do que empresas podem fazer para criar um ambiente mais inclusivo

Confira exemplos de ações voltadas para o desenvolvimento de uma organização mais inclusiva

Coworkers with stacked hands at the office (FG Trade/Getty Images)

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Publicado em 27 de maio de 2025 às 13h00.

Acessibilidade e capacitação são dois dos principais pontos que precisam ser trabalhados por empresas que desejam um ambiente inclusivo. Mas não são todas que conseguem entender como elaborar planos e ações que as ajudem a chegar nos objetivos firmados. 

Para ajudar organizações a entenderem por onde começar, separamos três iniciativas de grandes empresas que visam a inclusão plena dos seus colaboradores. 

1. Com Natura, CI&T trabalha em acessibilidade digital

A CI&T, em parceria com a Natura, está liderando uma transformação digital voltada à acessibilidade para impactar positivamente cerca de 1,8 milhão de consultoras Natura e Avon. A iniciativa reúne mais de 60 profissionais das áreas de produto, tecnologia e design, com foco em criar experiências digitais mais inclusivas, intuitivas e adaptadas às diferentes necessidades das consultoras que utilizam a plataforma da Natura.

  • Um dos pilares do projeto é o uso da inteligência artificial para automatizar diagnósticos de acessibilidade, identificar barreiras ocultas e sugerir melhorias em tempo real. 
  • Ferramentas como o FLOW, desenvolvida pela CI&T, avaliam interfaces conforme padrões internacionais como as diretrizes WCAG e os princípios de A11Y. 
  • A plataforma corrige falhas de contraste, ausência de textos alternativos e problemas de navegação por teclado, essenciais para usuários com deficiências visuais ou motoras.

A acessibilidade é construída com participação ativa: quatro colaboradores com deficiência participam diretamente da criação e validação das interfaces. A iniciativa reforça como a tecnologia, aliada à escuta ativa e diversidade, pode tornar a experiência digital mais humana e inclusiva.

2. TIM investe em capacitação de pessoas autistas para o mercado de trabalho

Em sua ação mais recente, a TIM amplia suas ações focadas na empregabilidade de pessoas com deficiência e passa a atuar no ambiente externo com capacitação. A operadora criou uma frente de ensino para o programa TIM+Diversa e irá promover cursos de qualificação para o mercado de trabalho. A primeira turma é voltada para pessoas autistas a partir de 18 anos e com ensino médio completo. As inscrições para o curso estão abertas até 4 de junho

A jornada formativa presencial acontece na cidade do Rio de Janeiro durante um mês. Os participantes receberão uma bolsa auxílio e, ao final da capacitação, poderão se inscrever em oportunidades da TIM.

“Queremos estimular mais empresas a terem esse olhar e entender que um ambiente diverso e com equidade é benéfico não só para a sociedade, mas também para o próprio negócio”, diz Erika Alves, Head de Diversidade & Inclusão da companhia.

O projeto prevê a abertura de novas turmas nos próximos meses. A segunda iniciativa será voltada para pessoas com deficiência visual, auditiva e física, combinando aulas presenciais e remotas. 

A iniciativa também visa reforçar o compromisso histórico da TIM com a inclusão. A operadora integra desde 2021 a Rede Empresarial de Inclusão Social e foi reconhecida entre as 10 melhores empresas no Ranking Integridade ESG.

3. Meu Ateliê promove vivências artísticas para pessoas autistas em São Paulo

O Meu Ateliê, espaço comandado pelo artista plástico Samuel Caixeta, tem se destacado como um ambiente de acolhimento e expressão para pessoas no espectro autista. Com encontros que ocorrem semanalmente, o ateliê oferece experiências artísticas voltadas ao bem-estar, à comunicação não verbal e à autorregulação emocional, por meio de práticas baseadas na arteterapia.

Localizado em São Paulo, o espaço foi estruturado para garantir acessibilidade sensorial e emocional. “Não se trata de ensinar a pintar, mas de permitir que cada pessoa se expresse da sua maneira. A arte não cobra, ela acolhe. E é justamente nessa liberdade criativa que surgem os momentos mais potentes ”, explica Samuel, conhecido por seu trabalho no estilo neoexpressionista.

O ateliê também promove oficinas voltadas para famílias, amigos, instituições e grupos ligados à neurodiversidade, reforçando seu compromisso com a inclusão. Todas as experiências são planejadas com cuidado para respeitar rotinas e evitar sobrecarga sensorial, um aspecto essencial para o público autista. 

Com uma abordagem centrada no indivíduo, o Meu Ateliê tem se consolidado como referência em práticas inclusivas que unem arte, saúde mental e acessibilidade. A iniciativa reflete um movimento crescente no setor cultural de adaptação e abertura a públicos diversos, oferecendo uma experiência significativa, segura e transformadora.

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