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4 exemplos de como o varejo brasileiro está usando a IA generativa para aumentar a produtividade

Empresas como Casas Bahia, Assaí, GPA e Renner lideram o uso de inteligência artificial para ganhar eficiência operacional

Segundo estudo da Accenture, a IA generativa pode elevar a produtividade entre 11% e 17% (Freepik)

Segundo estudo da Accenture, a IA generativa pode elevar a produtividade entre 11% e 17% (Freepik)

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Publicado em 4 de agosto de 2025 às 15h00.

A Inteligência Artificial saiu do campo das promessas e se tornou peça-chave na gestão do varejo brasileiro. Aplicada em setores que vão do atendimento à logística, passando por vendas e planejamento, a tecnologia tem ampliado a produtividade e aberto novas frentes de relacionamento com consumidores, além de otimizar recursos.

Segundo estudo da Accenture, a IA generativa pode elevar a produtividade entre 11% e 17% em diversos segmentos da economia. Ao acelerar a análise de dados e melhorar a tomada de decisão, a ferramenta ajuda a reduzir custos e impulsiona a competitividade — tornando-se vital para o crescimento sustentável e a inovação na América Latina.

No Brasil, grandes empresas mostram avanços concretos com a adoção da IA em suas operações. Veja como:

1. Casas Bahia reduziu tempo de espera em 50%

Com mais de 10 mil vendedores apoiados, a Casas Bahia desenvolveu a Bah.IA, assistente virtual que usa machine learning para sugerir produtos e abordagens personalizadas com base no perfil do cliente. 

Nos canais digitais, outra ferramenta reduziu o tempo de espera em até 50% e acelerou a resolução de dúvidas em 30%. O projeto faz parte da estratégia do grupo para reforçar a operação omnicanal e otimizar desde a cadeia logística até o relacionamento com fornecedores.

2. Assaí soluciona 80% dos pedidos digitais

O atacarejo, que tem mais de 300 lojas em 24 estados brasileiros, intensificou o uso de IA para aumentar a eficiência operacional e melhorar a experiência de clientes, fornecedores e colaboradores. 

A tecnologia está presente em áreas como precificação, logística, abastecimento e automação de processos administrativos, somando mais de 70 projetos de IA em andamento, incluindo a assistente virtual Sol, que soluciona 80% dos pedidos digitais. 

Além disso, a companhia promove transformação digital de dentro para fora, por meio de treinamentos e capacitação contínua de colaboradores, com eventos, como o Assaí Tech, e parcerias com instituições de ensino.

3. GPA utiliza IA na logística

O Grupo Pão de Açúcar aplica IA para prever a demanda regional de produtos, ajustando estoques e pedidos com precisão para evitar desperdícios e melhorar a disponibilidade nas lojas. A tecnologia otimiza a roteirização das entregas, cortando custos logísticos e o tempo de deslocamento. 

Outro uso da IA é na identificação de padrões de consumo que apoiam a gestão de categorias e planejamento promocional. Desde a implantação, o índice de ruptura caiu e a acuracidade dos pedidos avançou em toda a rede.

4. Renner consegue prever comportamentos e antecipar tendências

A Lojas Renner S.A. adota uma forte cultura orientada por dados, com uma diretoria específica criada em 2020 para impulsionar o uso de inteligência artificial e machine learning em diversas áreas do negócio. 

A empresa utiliza essas tecnologias para prever comportamentos, antecipar tendências e melhorar a experiência do cliente. Um exemplo é o desenvolvimento de coleções, onde dados de redes sociais, desfiles e eventos ajudam a acelerar e tornar mais assertivo o processo criativo e produtivo. 

A IA também é usada para otimizar o sortimento e a distribuição de peças nas lojas, com um modelo omnicanal abastecido 100% por SKU, além de oferecer recomendações personalizadas de moda nos canais digitais e, futuramente, nas lojas físicas. 

A companhia usa etiquetas RFID em todos os produtos, o que garante acuracidade de estoque e agilidade nos caixas, inclusive nos de autoatendimento.

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