Empregos verdes são sinônimo de progresso (Luis Alvarez/Getty Images)
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Publicado em 12 de novembro de 2025 às 13h00.
O otimismo da população com o impacto da transição para uma economia sustentável no mercado de trabalho faz com que 3 em cada 4 brasileiros (75%) apostem na geração de novos empregos.
Os dados são da pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Nexus. O estudo entrevistou mais de 2 mil pessoas face-a-face em amostra representativa da população a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação.
Quanto maior a renda, maior a crença no potencial da geração de empregos por meio da chamada economia verde, aposta de 78% de quem ganha acima de 5 salários mínimos (SM)
De forma geral, o volume de pessoas que acreditam na economia verde está entre 60 e 80%.
A mesma coisa acontece na educação:
“A maioria das pessoas acredita que a transição para uma economia mais sustentável vai gerar novos empregos. Mas esses trabalhos devem exigir profissionais mais qualificados e, por isso, pagar salários mais altos. Assim, é natural que quem tem mais estudo e renda perceba melhor as oportunidades que essa mudança pode trazer”, destaca Ricardo Cappelli, presidente da ABDI.
Para fins de análise do levantamento, a pesquisa da ABDI e da Nexus criou um indicador comportamental com base em nove perguntas sobre a adoção de práticas sustentáveis no cotidiano pelos brasileiros.
A partir das respostas, foram definidos perfis de entrevistados, desde os que apresentam maior adesão na adoção de práticas sustentáveis até os que não adotam nenhuma no seu dia a dia.
Os brasileiros que disseram fazer de 6 a 9 ações sustentáveis foram classificados como ativistas;
Entre os chamados “ativistas”, são 79% os que acreditam na geração de novos empregos com a transição para uma economia mais sustentável. Desses, 47% acham que vai gerar muitos empregos e 32%, poucos novos empregos.
Já entre a parcela da população que não adota nenhum tipo de prática sustentável no cotidiano, esse número cai para 67%, com 50% apostando em muitos empregos e 17%, poucos novos postos de trabalho.
Para 54% da população, o Brasil tem trabalhadores preparados para os novos empregos que poderão surgir com a transição para uma economia mais sustentável. Outros 42% disseram que não.
A crença na força de trabalho do país é maior entre os moradores do Norte/Centro Oeste (63%) e do Nordeste (55%), ambos acima da média nacional.
Já no Sudeste o número cai para 51% e chega a 48% no Sul. Os homens (55%) também acreditam mais no potencial dos trabalhadores do país do que as mulheres (52%).
Quanto mais jovem, maior a confiança na formação de trabalhadores preparados para atuar em um cenário de transição para a economia sustentável.