Juliana Silva, diretora de Sustentabilidade da Motiva, apresenta o plano da Coalizão dos Transportes na BCIW 2025 (Motiva/Divulgação)
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Publicado em 10 de junho de 2025 às 13h00.
Última atualização em 11 de junho de 2025 às 18h18.
Com adoção de 90 iniciativas em diferentes segmentos, o setor de transportes brasileiro pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEEs) em 70% até 2050. Apresentado na última quinta-feira (5), durante o evento Brazil Climate Investment Week, o dado é destaque de estudo realizado pela Coalizão para Descarbonização dos Transportes (CDT).
O setor de transportes é responsável por cerca de 11% das emissões no Brasil. Ele é considerado vetor chave para transição para economia de baixo carbono, com potencial para atrair mais de R$ 600 bilhões em investimentos verdes.
A Coalizão é uma resposta direta a desafio proposto pelo embaixador e presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, ao setor privado. “Nosso CEO, Miguel Setas, acolheu o convite e, junto ao CEBDS, à CNT e ao Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, estruturamos essa coalizão para propor caminhos concretos à descarbonização”, conta Juliana Silva, diretora de Sustentabilidade da Motiva, empresa de infraestrutura de mobilidade e parte da coalizão.
Juliana foi quem apresentou os destaques do estudo em painel do Brazil Climate Investment Week. No curto prazo, a expectativa é que o trabalho possa subsidiar a formulação das ações de descarbonização do setor de transportes no Plano Nacional sobre Mudança do Clima, a ser apresentado pelo governo federal na COP30.
“A articulação da Coalizão mostra que soluções de impacto surgem da colaboração entre empresas, consultorias técnicas e representantes do setor”, destaca Juliana.
A Coalizão reúne terceiro setor, academia e mais de 50 entidades setoriais. O estudo realizado por ela, iniciado em novembro de 2024 e lançado em maio de 2025, mapeou dados primários de emissões por modal, construiu um baseline setorial até 2050 e organizou as propostas de iniciativas em seis frentes:
As recomendações incluem revisão da matriz logística de transporte, ampliação da eletrificação de frotas e estímulo ao uso de biocombustíveis, aproveitando a matriz elétrica limpa do Brasil.
“Esse é só o primeiro passo. O grande desafio agora é implementar, monitorar e garantir que ele seja um instrumento útil para o Brasil e para o mundo, especialmente na COP30”, afirmou a executiva.
Neste mês, a companhia ainda participará da quarta edição TEDx Amazônia, na capital paraense, onde está lançando o projeto Escolas Baseadas na Natureza – programa privado de educação ambiental do País.
A Coalizão e a participação nos eventos fazem parte da estratégia de sustentabilidade da empresa, desenhada pela iniciativa TaskForce Motiva COP30, criada para coordenar esforços voltados à mitigação das mudanças climáticas, preservação da biodiversidade, promoção de uma economia de baixo carbono e mobilização de parceiros da companhia nesse movimento
“Estamos em um momento estratégico para o Brasil. Com a COP acontecendo aqui, o Brasil tem a oportunidade de liderar o processo de descarbonização”, conclui.
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