'O diagnóstico oncológico deixou de depender exclusivamente da manifestação de sintomas visíveis', diz oncologista (simonkr/Getty Images)
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Publicado em 1 de agosto de 2025 às 13h00.
Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 16h34.
Dedicadas a criar soluções tecnológicas para o setor da saúde, as chamadas healthtechs também estão na corrida pelas inovações em inteligência artificial. Entre elas, a detecção precoce do câncer apresenta maior potencial transformador para o setor.
Dois estudos de 2025 da plataforma arXiv, da Cornell University, fornecem dados promissores, que servem para embasar a aposta na tecnologia:
“O diagnóstico oncológico deixou de depender exclusivamente da manifestação de sintomas visíveis. Hoje, conseguimos identificar sinais clínicos relevantes por meio de padrões discretos, captados por dados ao longo da jornada do paciente”, explica o médico oncologista Guilherme Crespo, advisory e membro do corpo técnico da Neuralmed. A empresa está na lista de healthtechs brasileiras que entendem a detecção precoce do câncer por meio de IA como valioso avanço para a saúde.
A Neuralmed segue uma estratégia dedicada ao desenvolvimento de modelos clínicos capazes de ler e interpretar grandes volumes de dados – incluindo laudos, evoluções médicas e anotações em prontuário – e transformá-los em indicadores de risco que apoiam médicos e gestores em decisões clínicas mais rápidas e precisas.
Com sete anos de operação, a empresa integra a IA como parte da postura de inovação constante. A tecnologia da Neuralmed vem sendo utilizada para prevenir agravamentos clínicos, acelerar linhas de cuidado e aumentar a rentabilidade de unidades assistenciais.
Segundo Crespo, a simples identificação de risco não garante, por si só, a efetividade clínica. “Só identificar o paciente às vezes não é suficiente. A instituição precisa de ferramentas para agir. Captar o paciente certo no momento certo e acompanhar se ele está recebendo a atenção necessária, é o que de fato transforma a jornada de saúde”, destaca o oncologista.
Para Anthony Eigier, CEO e fundador da Neuralmed, o uso da IA precisa ser compreendido como uma forma de ampliar o alcance clínico, sem comprometer a responsabilidade médica.
“Nossa proposta é colocar o paciente, e não o exame ou a tecnologia, no centro da jornada. A IA entra para garantir mais agilidade, precisão e eficiência em todas as etapas do cuidado, do diagnóstico à linha terapêutica”, conclui.
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