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1 em cada 4 jovens leva pais em entrevistas de emprego: ‘Boa intenção pode passar a mensagem errada’

Como as famílias podem ajudar os filhos sem prejudicar sua entrada no mercado de trabalho? Especialista recomenda uma estratégia de três passos

Autonomia: levar familiares em entrevista de emprego pode prejudicar a contratação (Freepik)

Autonomia: levar familiares em entrevista de emprego pode prejudicar a contratação (Freepik)

Publicado em 12 de junho de 2025 às 16h08.

A entrevista de emprego, uma das etapas mais importantes da vida profissional de um jovem, está ganhando um novo e inesperado personagem: os pais. 

Um levantamento realizado pela ResumeTemplates.com e divulgado pela CNBC concluiu que 1 em cada 4 jovens já levou os pais para entrevistas de emprego no último ano. Em alguns casos, os pais chegam até a preencher candidaturas pelos filhos e participar das ligações feitas por equipes de RH. Cerca de 1.500 jovens americanos da Geração Z foram ouvidos pelo estudo.

Os motivos pelo pedido de ajuda são os mais variados. Alguns acreditam que os conselhos dos pais funcionam melhor, outros não se sentem confiantes para falar com recrutadores.

Para especialista, o dado escancara uma mudança no comportamento de parte das novas gerações que começam a se inserir no mercado. Mas também levanta um alerta importante para os pais: até onde vai o papel de apoio e em que momento ele se transforma em obstáculo?

Quando a boa intenção atrapalha

Bruno Andrade, professor na Saint Paul Escola de Negócios e especialista em liderança e gestão, explica que o principal desafio é encontrar o equilíbrio entre ajudar o filho e prejudicar seu desenvolvimento frente ao mercado de trabalho. 

"Às vezes, com uma boa intenção de ajudar o filho na entrevista, pais também podem estar passando uma mensagem de que ele não vai conseguir fazer aquilo sozinho"Bruno Andrade, especialista com mais de 25 anos de experiência na área de pessoas

Para ele, é essencial que jovens enfrentem sozinhos certos desafios. “O ser humano só desenvolve novas habilidades quando atravessa uma situação desconhecida”, diz. “Você fica mais confiante, você começa a criar o seu próprio manual de como atravessar essas situações difíceis”. 

Qual é o papel dos pais, então?

Para ajudar os pais a lidarem com essa nova fase da vida dos filhos, Bruno recomenda a técnica dos 3 Is: informação, intenção e imersão

O primeiro passo é ajudar o jovem a entender quais os motivos por trás de sua ansiedade e insegurança para a entrevista. Encontrar essa informação é essencial para saber como agir.  

Em seguida, é possível auxiliar os filhos a identificar a intenção da entrevista para despertar engajamento. “Quando você mapeia onde quer chegar, você consegue executar melhor aquela ação”, explica ele.

A última etapa do processo é a imersão, mas essa só pode ser realizada pelos próprios jovens. “É preciso que eles passem pelas entrevistas sozinhos para que consigam se desenvolver”, afirma. 

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