Uma startup foi apontada como a startup mais arriscada pelo público do evento (Getty Images)
Redatora
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 12h00.
No palco do Cerebral Valley AI Conference, em San Francisco, uma pergunta pouco comum ganhou espaço entre investidores, fundadores e executivos do setor: qual startup bilionária de inteligência artificial você apostaria contra? As informações foram retiradas de Business Insider.
A enquete, conduzida pelo jornalista Eric Newcomer com mais de 300 participantes, destoou do clima geralmente otimista do Vale do Silício.
E o resultado reforçou rumores que já circulavam entre insiders.
A mais votada foi a Perplexity, buscador baseado em IA que tenta competir diretamente com o Google.
A percepção sobre a Perplexity não surpreendeu quem acompanha o setor. A empresa se tornou símbolo da exuberância atual: capta rodadas em intervalos cada vez menores, com investidores disputando fatias que já elevaram sua avaliação para entre US$ 14 bilhões e US$ 50 bilhões.
Procurada pelo Business Insider, a companhia respondeu em tom irônico:
“Poxa, isso aí está mais para a conferência do Vale do Julgamento.”
A presença da OpenAI entre as “mais prováveis de cair” chamou mais atenção.
Seu crescimento explosivo, aliado ao custo monumental de infraestrutura, tem gerado apreensão entre alguns investidores.
Em entrevista recente, o CEO Sam Altman rechaçou a ideia de que a empresa esteja supervalorizada. Quando questionado sobre compromissos de gastos da ordem de trilhões, respondeu:
“Se você quiser vender suas ações, eu encontro um comprador.”
Curiosamente, tanto OpenAI quanto Perplexity também apareceram entre as empresas nas quais o público mais apostaria, mostrando a ambiguidade típica de ciclos tecnológicos acelerados.
Já a Anthropic liderou a lista das startups em que os participantes mais confiam, impulsionada pela busca de uma nova rodada avaliada em torno de US$ 350 bilhões.
Apesar das opiniões divergentes sobre vencedores e perdedores, o público concordou em um ponto: há uma bolha.
Para investidores experientes, porém, isso não significa necessariamente risco iminente, mas sim uma fase natural das revoluções tecnológicas. Como disse o sócio da Kleiner Perkins, Ilya Fushman, no palco:
“O que importa é identificar quais serão as empresas duradouras e o tamanho que podem atingir.”
É nesse cenário de otimismo e cautela que a carreira em inteligência artificial se redefine. Profissionais capazes de interpretar tendências, avaliar modelos de negócio e compreender o comportamento desse mercado têm vantagem clara.
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