Startups europeias e israelenses ganham espaço na corrida global da IA (KristinaJovanovic/Thinkstock)
Redatora
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 12h00.
A disputa global pela camada de aplicativos de inteligência artificial não está definida. Embora os Estados Unidos mantenham larga vantagem na construção dos grandes modelos, o cenário muda quando o foco recai sobre as aplicações de IA desenvolvidas em ritmo acelerado por empresas europeias e israelenses. As informações foram retiradas de TechCrunch.
É essa a avaliação do relatório Globalscape 2025, produzido pela Accel, que aponta startups como Lovable e Synthesia como protagonistas desse movimento.
Segundo a firma de venture capital, empresas da Europa e de Israel já captaram cerca de 66 centavos para cada dólar levantado por competidores norte-americanos neste ano, um salto expressivo em relação à década passada.
Para Philippe Botteri, sócio da Accel, o avanço decorre da consolidação de um ecossistema maduro de fundadores e investidores que aprenderam a construir empresas de software de escala global.
O fenômeno reflete um ponto central para o mercado de trabalho: a IA deixou de ser apenas um campo de pesquisa nas grandes big techs e passou a alimentar negócios aplicados em áreas diversas, como saúde, marketing, manufatura e direito.
Jonathan Userovici, sócio-diretor da Headline, observa que os novos empreendedores unem talento técnico de ponta a conhecimento profundo dos setores em que atuam, uma combinação cada vez mais decisiva para profissionais que buscam se destacar em um ambiente orientado por dados, automação e eficiência.
Startups nativas de IA já atingem US$ 100 milhões em receita recorrente anual em poucos anos, algo que antes levava décadas.
Para o mercado profissional, esse ritmo reforça a importância de dominar ferramentas e conceitos de IA: setores inteiros estão sendo reconfigurados por aplicações capazes de gerar produtividade recorde com equipes enxutas.
A Accel destaca ainda que, embora as grandes companhias de software em nuvem continuem fortes, todas estão incorporando agentes inteligentes aos produtos.
Em paralelo, startups privadas integram IA tão profundamente que deixam de ser apenas usuárias da tecnologia para se tornarem, de fato, nativas desse novo paradigma.
Mesmo com a aposta europeia em modelos fundacionais, como a Mistral AI, o relatório indica um espaço mais limitado para que a região lidere nessa frente.
Já na camada de dados, frequentemente subestimada, investidores enxergam oportunidades significativas, especialmente para quem consegue criar fluxos proprietários capazes de sustentar vantagens competitivas de longo prazo.
Para profissionais de todas as áreas, a mensagem é direta: entender IA não é mais diferencial, mas requisito para acompanhar a transformação de empresas que crescem rápido, inovam com eficiência e moldam o futuro da economia digital.
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