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Redatora
Publicado em 16 de julho de 2025 às 16h52.
Última atualização em 16 de julho de 2025 às 17h02.
O que começou como um hobby entre amigas universitárias tornou-se um império de mídia com alcance global e base financeira sólida.
Aos 27 anos, Lucy Blakiston comanda a S--- You Should Care About (SYSCA), empresa de conteúdo que une newsletter diária, clube do livro e redes sociais com mais de 3,4 milhões de seguidores.
A startup, que cresceu organicamente sem depender de publicidade tradicional, virou referência entre jovens da Geração Z. As informações foram retiradas da CNBC Make It.
Blakiston começou sua trajetória na internet com uma conta de fã da banda One Direction — experiência que, sem saber, preparou o terreno para o futuro: gestão de comunidade, edição de imagens e linguagem acessível.
Em 2018, ao lado das amigas Ruby Edwards e Olivia Mercer, fundou o SYSCA com o objetivo de explicar temas políticos e sociais complexos de forma leve e compreensível.
O diferencial estava no tom: uma mistura de jornalismo, memes e cultura pop. Notícias sérias vinham acompanhadas de “respiros”, como posts sobre Harry Styles ou enquetes sobre utensílios de cozinha — a fórmula perfeita para engajar uma geração sobrecarregada de informação.
Durante a pandemia de 2020, a página ganhou visibilidade ao abordar de forma acessível temas como a Covid-19, os protestos do Black Lives Matter e as eleições nos EUA e Nova Zelândia.
Foi compartilhada por celebridades como Ariana Grande e Billie Eilish — o que levou o número de seguidores a ultrapassar a marca de 1 milhão em questão de semanas.
Foi o momento de profissionalizar o projeto. Incentivadas por um ex-chefe de Blakiston, que identificou o potencial comercial do conteúdo, as fundadoras alugaram um escritório e passaram a estruturar a operação como um negócio real.
Ao contrário da lógica tradicional do mercado de mídia, a SYSCA cresceu sem depender de publicidade em redes sociais.
A receita vem da base de assinantes que pagam US$ 8 mensais (ou US$ 80 ao ano) para ter acesso a conteúdos exclusivos, como ensaios pessoais, clube do livro e textos de colunistas remunerados.
Além disso, Blakiston diversificou as fontes de renda com a coautoria de um livro (Make It Make Sense) e com palestras e consultorias.
O lucro é reinvestido no próprio negócio, com prioridade para pagamento de colaboradores e expansão do conteúdo.
Mesmo com o sucesso, Lucy não tem planos de escalar a empresa nos moldes tradicionais.
Ela rejeita o “pensamento tech bro” de crescimento a qualquer custo. Prefere manter a operação enxuta e próxima do público. Hoje, trabalha ao lado da amiga Abby Laurenson, que cuida do design e do clube do livro.
“Não quero que meu trabalho vire gerenciamento de equipe. Quero continuar falando direto com as pessoas”, diz. A prioridade é manter a autonomia, a autenticidade e a conexão com a audiência.
A história de Schweber representa uma tendência nas finanças corporativas: usar capital alavancado para adquirir negócios rentáveis e assumir posição de liderança imediata. Exige conhecimento financeiro, perfil empreendedor e muita resiliência. Mas o retorno financeiro e pessoal pode ser transformador.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.