São Paulo - Acostumado com colocações inferiores nos rankings de universidades internacionais, Brasil domina lista das melhores universidades da América Latina. A Universidade de São Paulo (USP) está no topo. Das 200 melhores universidades listadas pelo QS de Universidades latino-americanas, 65 são brasileiras. Além da USP, Universidade Estadual de Campinas e Universidade Federal de Minas Gerais aparecem entre as 10 melhores. Para chegar a esses nomes, a britânica QS avaliou fatores como número de estudantes, profissionais com doutorado, número de artigos publicados, presença na internet, reputação perante a comunidade científica e o mercado de trabalho. No ranking latino americano, a avaliação dos recrutadores teve o dobro de peso do que o aplicado na elaboração do ranking mundial. Por isso, algumas universidades tiveram melhor colocação na atual lista do que na divulgada no início do mês.

Considerada a 169ª melhor universidade do mundo, segundo o ranking internacional da QS, a USP ganhou o título de melhor da América Latina. Não é para menos. Só em 2010, os pesquisadores da universidade publicaram mais de 19 mil trabalhos no Brasil e 8,4 mil em publicações científicas internacionais. Ao todo, são 229 cursos de graduação divididos em campi em 7 cidades diferentes pelo estado de São Paulo.

Na posição 250 do ranking internacional do QS, a Pontificia Universidad Catolica de Chile foi fundada em 1888. Ao todo, são 4 campi em Santiago e um em Villarrica. A universidade possui 1471 professores em dedicação exclusiva. Entre os ex-alunos ilustres da universidade está o atual presidente chileno Sebastián Piñera, que também já foi professor da universidade.

Na 235ª posição no ranking internacional, a Unicamp foi desbancada pela Pontificia Universidad Catolica Chilena no ranking latino-americano. Isso se deve à mudança de critérios da lista atual. Agora, a opinião de executivos tem um peso maior. Ao todo, a instituição tem 22 institutos e faculdades. Em 2009, foi fundado o campus de Limeira da universidade. Em 2010, a instituição contava com 31.654 alunos matriculados em 66 cursos de graduação e 144 programas de pós-graduação em seus campi de Campinas, Piracicaba e Limeira.

Com 19 presidentes do Chile na lista de ex-alunos ilustres, a Universidad de Chile ocupa a quarta posição no ranking latino-americano e 262ª no ranking internacional. Ao todo, são 7 campi, 24.465 alunos da graduação e 3.359 professores, sendo 1.087 com dedicação exclusiva. São 37 programas de doutorado e 120 de mestrado. É a universidade mais antiga do país.

Fundada em 1553, a mexicana UNAM possui 316.589 alunos na graduação e pós-graduação. São mais de 36 mil professores. Desses, 11,6 mil têm dedicação exclusiva à universidade. No ano passado, os cientistas da universidade publicaram 2.809 artigos em revistas de ciência internacional. No ranking mundial, a UNAM divide o posto 169º com a Universidade de São Paulo. Novamente, a diferença para o atual ranking está na opinião dos empresários que, desta vez, teve peso 2.

Na posição de número 400 no ranking global, a Universidad de Los Andes foi fundada em 1948 na Colômbia. Na ocasião, eram apenas 7 programas, 16 professores e 79 estudantes. Hoje, só na graduação, esses números saltaram para 31 cursos, 12.502 alunos e mais de 600 professores.

Segunda universidade do México mais bem colocada no ranking, o  Tecnológico de Monterrey figurou na 320ª posição na lista internacional.  O instituto foi fundado em 1943 por um empresário chileno. E o modelo se perpetua até hoje. Todos os campi têm estrutura de organização sem fins lucrativos e são sustentados por empresários.

A maior universidade da Argentina, a Universidad de Buenos Aires foi fundada em 1821. Financiada pelo governo, oferece ensino superior gratuito. Ao todo, possui 13 faculdades, 6 hospitais e 10 museus. Entre seus ex-alunos ilustres está Che Guevara, o escritor Julio Cortázar e, pelo menos, 14 ex-presidentes argentinos.

Com mais de 140 anos de história, a Universidad Nacional de Colombia possui, hoje, mais de 46 mil alunos. Ao todo, oferece 95 programas de graduação, 134 de mestrado, 51 de doutorado e 125 cursos de especialização. Entre seus ex-alunos ilustres está o escritor e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Marquez.

A maior universidade federal do Brasil também é a mais bem colocada no ranking. Na lista, fica atrás apenas das paulistas USP e Unicamp. Ao todo, oferece 75 cursos de graduação. Em 2010, a universidade abrigava mais de 24 mil estudantes na graduação e 5.918 na pós. Em 2007, seus grupos de pesquisa publicaram mais de 11 mil trabalhos científicos.