Dara Khosrowshahi, presidente da Uber: companhia está diminuindo de tamanho para "se alinhar às realidades de nossos negócios", disse o executivo (Anushree Fadnavis/Reuters)
Redator
Publicado em 26 de junho de 2025 às 11h57.
Criada em 2009, a Uber se consolidou como uma das maiores plataformas de mobilidade do mundo. No entanto, sua trajetória foi marcada por desafios financeiros: entre sua fundação e o ano de 2023, a empresa jamais havia registrado lucro líquido anual.
Para se ter uma ideia, após abrir capital na Bolsa de Valores de Nova York, em maio de 2019, os prejuízos saltaram de US$ 3 bilhões em 2018 para US$ 8,6 bilhões no ano seguinte. Nos anos seguintes, as perdas começaram a diminuir gradualmente: US$ 4,9 bilhões em 2020, US$ 3,8 bilhões em 2021 e US$ 1,8 bilhão em 2022.
Esse processo de recuperação financeira foi conduzido por Dara Khosrowshahi, atual CEO da empresa, que assumiu o comando com o desafio de tornar lucrativa uma companhia historicamente no vermelho.
No início da empresa, a Uber se destacou no mercado com suas viagens por aplicativo que tinham um valor muito abaixo do mercado. Isso só foi possível graças a bilhões de dólares de investidores de capital de risco. Porém, quando a empresa passou a se consolidar no mercado, os obstáculos começaram a surgir.
Embora já fosse uma empresa consolidada, a Uber, desde que abriu capital em 2019, enfrentou dificuldades. A oferta pública inicial (IPO) ficou muito aquém da avaliação de US$ 100 bilhões que a companhia sonhava alcançar.
Revertendo resultados
Frente a isso, Dara Khosrowshahi entrou em 2017 para remodelar a saúde financeira da empresa. Ele teve um olhar de operador para os problemas financeiros.
Supervisionou o lançamento de produtos como o Uber One, um programa de assinatura criado em 2021 para incentivar os usuários a usar mais regularmente o app. Esse programa fez com que houvesse um aumento de 19% nas entregas no último trimestre de 2023.
Além disso, o resultado também se deve, em parte, ao aumento da demanda. As reservas brutas — o total pago pelos passageiros e clientes de entrega da Uber — cresceram 22%, para US$ 37,6 bilhões no último trimestre de 2023 em relação ao ano anterior. A fatia da Uber dessas transações foi de US$ 9,9 bilhões.
A virada financeira da Uber mostra como uma gestão corporativa focada na eficiência e no controle dos custos pode transformar o rumo de uma grande companhia.
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