Investidores detectam red flags já nos primeiros minutos de conversa (Freepik)
Redatora
Publicado em 4 de novembro de 2025 às 05h40.
Última atualização em 4 de novembro de 2025 às 10h57.
Carles Reina precisou de apenas 30 minutos para decidir se colocaria dinheiro em uma ideia. Em 2022, quando a inteligência artificial ainda era um território inexplorado para muitos investidores, ele conheceu Mati Staniszewski, cofundador da startup Eleven Labs, e decidiu apostar.
Quando poucos acreditavam no potencial da clonagem de voz por IA, Reina, investidor anjo e hoje vice-presidente de receita da startup, revela os dois sinais que o fazem recusar um fundador já na primeira reunião. As informações foram retiradas do CNBC Make It.
E ambos têm uma mensagem clara para quem quer se destacar em um mercado competitivo e moldado por IA: conhecimento técnico é essencial.
No universo da tecnologia de ponta, especialmente no setor de inteligência artificial, o tempo é um recurso crítico e quem não domina os aspectos técnicos acabam ficando para trás.
“Se um dos fundadores não é técnico, literalmente não consegue construir produtos, não é pesquisador ou algo do tipo, não vejo valor nisso porque eles não conseguirão avançar com rapidez”, afirmou Reina.
Foi justamente a bagagem técnica de Staniszewski, formado com honras em matemática pelo Imperial College London, que chamou sua atenção. Mais do que formação, o fundador demonstrou desde o início uma capacidade rara: pensar em soluções para um ecossistema inteiro antes mesmo de ter um produto finalizado ou qualquer cliente real.
Essa mentalidade visionária, ancorada em conhecimento técnico, é o tipo de perfil que investidores de risco procuram cada vez mais no setor de IA.
O segundo ponto de alerta para Reina é o mercado em que o fundador pretende atuar. Setores saturados, cheios de promessas e capital de risco inflacionado, não despertam seu interesse.
“Se muitos investidores de risco estão olhando para aquele mercado só porque é atrativo, não me interesso. As avaliações disparam e isso gera uma guerra de preços e pressão desnecessária sobre os fundadores”, explicou.
Essa visão expõe um dilema que muitos profissionais enfrentam ao tentar entrar no mercado de IA: não basta apenas ter uma boa ideia. É preciso ter domínio da tecnologia e um olhar estratégico para onde o setor realmente pode evoluir.
Para profissionais que buscam crescer na carreira, o recado é claro: compreender os fundamentos da inteligência artificial não é mais um diferencial, mas uma exigência.
Independentemente da área de atuação, seja desenvolvimento, marketing, finanças ou gestão, dominar conceitos técnicos e saber como a IA pode ser aplicada aos negócios pode ser o fator decisivo entre ser ignorado ou ser o próximo a receber a pergunta que mudou o destino da Eleven Labs: “quanto dinheiro você quer?”
No fim das contas, a combinação entre visão de mercado e domínio técnico segue sendo o ponto de inflexão para fundadores e também para qualquer profissional que deseje se manter relevante no cenário transformador da inteligência artificial.
De olho em quem deseja ingressar nesse mercado, a EXAME e Saint Paul apresentam o pré-MBA em Inteligência Artificial para Negócios, um treinamento introdutório ao seu curso de pós-graduação, por apenas R$37.
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