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Da Magalu à Amazon: a busca por milhares de temporários para Black Friday

Para preencher vagas, empresa dá bônus e prêmio de viagem com a família

Centro de Distribuição da Amazon em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul  (Amazon/Divulgação)

Centro de Distribuição da Amazon em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul (Amazon/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 8 de novembro de 2025 às 10h18.

Chegou a época do ano em que as grandes varejistas abrem milhares de vagas temporárias para atender à alta demanda causada pela Black Friday e pelo Natal.

São dois momentos cruciais, e que as varejistas disputam a atenção e o bolso do consumidor no detalhe. Daí a necessidade de reforçar a operação logística, agilizando ao máximo as entregas.

A Associação Brasileira do Trabalho Temporário calcula que 267.000 vagas temporárias sejam abertas neste último trimestre do ano em comércio e serviços, especialmente na área de logística de e-commerces. A expectativa do mercado é que a Black Friday movimente 13,3 bilhões de reais nos varejistas online. 

Grandes empresas contratam

O Mercado Livre lidera as contratações temporárias, com 20.000 postos abertos.

Já a Amazon prevê contratar 13.000, o dobro do ano passado.  O número acompanha o crescimento da malha logística da empresa no Brasil, que abriu cem centros de distribuição (CDs) neste ano, chegando a 250. A maior parte das vagas — 8,7 mil — está concentrada no Rio e em São Paulo. Os postos incluem funções como controle de estoque, conferência de encomendas, separação de mercadorias, emissão de notas fiscais e manutenção de equipamentos, sem exigência de experiência prévia.

Na Shopee, são 10.000 postos temporários para atuar em 14 centros de distribuição e 200 hubs logísticos. "Nossa capacidade de processamento mais do que dobrou em comparação a novembro de 2024, impulsionada pela abertura de centros de distribuição", diz Felipe Piringer, diretor de Marketing da empresa.

Plataformas brasileiras também estão abrindo vagas. A Americanas anunciou 700 postos temporários para reforçar os CDs. Na lista, cargos de operador logístico, fiscal, assistente e motorista para entregas do e-commerce. Há ainda 4,3 mil vagas para operador de loja física.

Já o Magazine Luiza deve contratar 3.000 temporários, principalmente para funções como movimentadores e conferentes. O volume é 18% maior que o do ano passado. No entanto, em meio ao desemprego no menor patamar histórico, tem sido mais difícil encontrar profissionais, diz Wiliam Miguel dos Santos, diretor de Gestão de Pessoas do Magalu. A solução tem sido aprimorar as vagas:

"O mercado está extremamente desafiador com o pleno emprego. Estamos trazendo bonificações adicionais e prêmios como viagens para a família", diz.

Para os profissionais, a vaga temporária traz ainda a chance de efetivação. No Magalu, em média 25% a 30% dos temporários seguem na companhia. O restante fica num banco de talentos. Quadro semelhante na Amazon, explica Fabiano Arroyo, líder de RH da companhia no Brasil.

*Com agência O Globo

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